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sábado, 1 de janeiro de 2011
Primeira Oração do Angelus de 2011 - "Liberdade religiosa é o caminho para a paz"
Apresentamos, a seguir, a intervenção do Papa Bento XVI hoje, ao introduzir a oração do Ângelus, com os peregrinos do mundo inteiro, reunidos na Praça de São Pedro.
Queridos irmãos e irmãs:
Neste primeiro Ângelus de 2011, dirijo a todos meus votos de paz e bem, confiando este ano à intercessão de Maria Santíssima, a quem hoje celebramos como Mãe de Deus. No início de um novo ano, o povo cristão se reúne espiritualmente diante da gruta de Belém, onde a Virgem Maria deu à luz Jesus. Peçamos à Mãe a bênção e Ela nos abençoa mostrando-nos o Filho: de fato, Ele em pessoa é a Bênção. Doando-nos Jesus, Deus nos doou tudo: o seu amor, a sua vida, a luz da verdade, o perdão dos pecados; doou-nos a paz. Sim, Jesus é a nossa paz. Ele trouxe ao mundo a semente do amor e da paz, que é mais forte do que a semente do ódio e da violência; mais forte porque o Nome de Jesus é superior a qualquer outro nome, contém o senhorio de Deus, conforme anunciado pelo profeta Miqueias: "Mas tu, Belém de ti sairá para mim aquele que será o dominador... Ele se erguerá e apascentará o rebanho pela força do Senhor, com a majestade do nome do Senhor, seu Deus... Ele mesmo será a paz" (5,1-4).
Por isso, diante do ícone da Virgem Mãe, a Igreja neste dia pede a Deus, através de Jesus Cristo, o dom da paz: é o Dia Mundial da Paz, ocasião propícia para refletirmos juntos sobre os grandes desafios que o nosso tempo impõe à humanidade. Vemos hoje duas tendências opostas, dois extremos, ambos negativos: de um lado, o laicismo, que, de forma enganadora, marginaliza a religião, colocando-a na esfera privada; do outro lado, o fundamentalismo, que gostaria de impô-la a todos com a força. Na realidade, "Deus chama a si a humanidade com um desígnio de amor que envolve toda a pessoa em sua dimensão natural e espiritual e pede para ser correspondido em termos de liberdade e responsabilidade, com todo o coração e com todo o próprio ser, individual e comunitário" (Mensagem, 8). Onde a liberdade religiosa é reconhecida, a dignidade da pessoa humana é respeitada em sua raiz e através de uma sincera busca da verdade e do bem, fortalece-se a consciência moral e se reforçam as instituições e a convivência civil (cf. ibid., 5). Por isso, a liberdade religiosa é o caminho privilegiado para construir a paz.
Queridos amigos, dirijamos novamente o olhar a Jesus, nos braços de Maria, sua Mãe. Olhando para Ele, que é o Príncipe da Paz, nós entendemos que a paz não se obtém com as armas, nem com o poder econômico, político, cultural e midiático. A paz é obra de consciências que se abrem à verdade e ao amor. Que Deus nos ajude a progredir neste caminho no novo ano que Ele nos doa.
Após a oração do Angelus, o Papa continuou:
Queridos irmãos e irmãs, na Mensagem para o Dia Mundial da Paz, de hoje, sublinhei que as grandes religiões podem constituir um importante fator de unidade e de paz para a família humana, e recordei, a propósito disso, que neste ano de 2011 se celebrará o 25º aniversário do Dia Mundial de Oração pela Paz, que o Venerável João Paulo II convocou em Assis, em 1986. Por isso, no próximo mês de outubro, deslocar-me-ei como peregrino à cidade de São Francisco, convidando a unirem-se a mim, neste caminho, os irmãos cristãos das diversas confissões, os expoentes das tradições religiosas do mundo e, idealmente, todos os homens de boa vontade, com o objetivo de fazer memória daquele gesto histórico querido pelo meu predecessor e de renovar solenemente o empenho dos crentes de todas as religiões a viver a própria fé religiosa como serviço à causa da paz. Quem caminha em direção a Deus não pode deixar de transmitir paz; quem constrói paz não pode deixar de se aproximar de Deus. Eu vos convido a acompanhar esta iniciativa desde já, com a vossa oração.
Neste contexto, saúdo e encorajo os que, desde ontem à noite e durante o dia de hoje, em toda a Igreja, rezam pela paz e pela liberdade religiosa. Na Itália, a marcha tradicional proposta pela CEI, Pax Christi e Cáritas teve lugar em Ancona, uma cidade que vai acolher, em setembro próximo, o Congresso Eucarístico Nacional. Aqui em Roma e em outras cidades do mundo, a Comunidade de Sant'Egídio voltou a propor a iniciativa "Paz em todas as terras": saúdo cordialmente todos os seus participantes. Saúdo também os participantes do Movimento do Amor Familiar, que nesta noite velaram, na Praça de São Pedro e na diocese de L'Aquila, rezando pela paz nas famílias e entre as nações.
©Libreria Editrice Vaticana
Tradução: ZENIT
domingo, 5 de dezembro de 2010
Segundo Domingo do Advento – Angelus
Queridos irmãos e irmãs!
O Evangelho deste segundo domingo do Advento (Mateus 3,1-12) apresenta a figura de São João Batista, que, de acordo com uma famosa profecia de Isaías (cf. 40,3), se retirou para o deserto da Judéia e através de sua pregação, chamou o povo ao arrependimento, a fim de que todos estivessem prontos até a iminente vinda do Messias. São Gregório Magno diz que o Batista prega a verdadeira fé e boas obras... para que o poder penetrante da graça, a luz da verdade, os caminhos para Deus e comecem a ser endireitados pelos pensamentos honestos, após a escuta da Palavra, e guiados para o bem (Hom. In Evangelia em, XX, 3, IAC 141, 155). O precursor de Jesus, localizado entre o Antigo e o Novo Testamento, é como uma estrela antes do nascer do sol, Cristo, o Único, ou seja, em que - de acordo com outra profecia de Isaías – “Sobre ele há de pousar o espírito do Senhor, espírito de sabedoria e compreensão, espírito de prudência e valentia espírito de conhecimento e temor do Senhor”. (Isaías 11:2).

Caros amigos, "a nossa salvação está baseada em uma vinda", escreveu Romano Guardini (La santa notte. Dall’Avvento all’Epifania, Brescia 1994, p. 13). Com o Salvador veio à liberdade de Deus... Então, a decisão da fé consiste em aceitar O que se aproxima... (ivi, p. 14). "O Redentor - acrescentou - está em cada homem, em suas alegrias e angústias, em seus conhecimentos de forma clara, em suas dúvidas e tentações, em tudo o que constitui a sua natureza e sua vida" (ivi, p. 15).
Para a Virgem Maria, em cujo ventre habitou o Filho do Altíssimo, e que na próxima quarta, 08 de dezembro, celebramos a Solenidade da Imaculada Conceição, pedimos-lhe para nos apoiar nesse caminho espiritual, para aceitar com fé e amor a vinda do Salvador.
BENTO XVI, PAPA
Texto original: Italiano
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