domingo, 30 de março de 2014

IV Domingo da Quaresma

Antífona da entrada: Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações (Is 66,10s)

Oração do dia 

Ó Deus, que por vosso Filho realizais de modo admirável a reconciliação do gênero humano, concedei ao povo cristão correr ao encontro das festas que se aproximam cheio de fervor exultando de fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Sobre as oferendas 

Ó Deus, concedei-nos venerar com fé e oferecer, pela redenção do mundo, os dons que nos salvam e que vos apresentamos com alegria. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da comunhão: Jerusalém, cidade bem edificada, onde tudo forma uma unidade perfeita; para lá é que sobem as tribos, as tribos do Senhor, para louvar, Senhor, o vosso nome (Sl 121,3s)

Depois da comunhão 

Ó Deus, luz de todo ser humano que vem a este mundo, iluminai nossos corações com o esplendor da vossa graça, para pensarmos sempre o que vos agrada e amar-vos de todo o coração. Por Cristo, nosso Senhor.

quinta-feira, 27 de março de 2014

IV Domingo da Quaresma - Laetare


"Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos todos os que amais; entregai-vos à alegria, vós que estivestes na tristeza para que exulteis e vos sacieis na abundância de vossa consolação. Ps. Alegrei-me com o que me foi dito: iremos à casa do Senhor."Antífona do IV Domingo da Quaresma

Na antiguidade cristã, o dia de hoje era o “dia das rosas”, onde os cristãos se presenteavam mutuamente com as primeiras rosas do verão. Ainda hoje o Santo Padre benze, neste dia, uma rosa de ouro e a oferece a uma pessoa, ou instituição em sinal de particular atenção, a flor dourada brilhando reflete a majestade de Cristo, com uma simbologia muito apropriada porque os profetas O chamaram "a flor do campo e o lírio dos vales". Sua fragrância, de acordo com Leão XIII "mostra o odor doce de Cristo que deve ser difundido extensamente por seus seguidores fiéis” (Acta, vol. VI, 104), e os espinhos e o matiz vermelho relembram a sua paixão". A santa Igreja, como o faz no Advento, interrompe também na Quaresma a sua penitência. Demonstra alegria pelo toque do órgão, pelo enfeite dos altares e pelo róseo dos paramentos. Esta alegria é expressa de igual modo pela própria denominação deste domingo, chamado de Laetare, que significa alegra-te e é extraído da antífona da Santa Missa deste dia.

Rosa de Ouro
Toda a santa missa respira alegria e júbilo. Pois antigamente faziam os catecúmenos neste dia, um juramento solene e eram recebidos no seio da Igreja, representada pela igreja da “Santa Cruz em Jerusalém”. Mãe dedicada e amorosa, alegra-se a santa Igreja, ao receber os que serão lavados nas fontes batismais. De igual modo isto possa ser sinal de rememoração de nosso batismo, e que iluminados por este acontecimento salutar em nossas vidas, possamos melhor viver as alegrias pascais.

Ouça a Antífona que denomina este Domingo:


quarta-feira, 19 de março de 2014

Próprio da Solenidade de São José



Antífona da entrada: Eis o servo fiel e prudente, a quem o Senhor confiou a sua casa (Lc 12,42). 

Oração do dia 

Deus todo-poderoso, pelas preces de são José, a quem confiastes as primícias da Igreja, concedei que ela possa levar à plenitude os mistérios da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. 

Sobre as oferendas 

Ó Deus de bondade, assim como são José se consagrou ao serviço do vosso Filho, nascido da virgem Maria, fazei que também nós sirvamos de coração puro aos mistérios do vosso altar. Por Cristo, nosso Senhor. 

Prefácio próprio 

Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, e na solenidade de são José, servo fiel e prudente, celebrar os vossos louvores. Sendo ele um homem justo, vós o deste por esposo à virgem Maria, mãe de Deus, e o fizestes chefe da vossa família, para que guardasse, como pai, o vosso Filho único, concebido do Espírito Santo, Jesus Cristo, Senhor nosso. Unidos à multidão dos anjos e dos santos, proclamamos vossa bondade, cantando (dizendo) a uma só voz... 

Antífona da comunhão: Servo bom e fiel, entra na alegria do teu Senhor (Mt 25,21). 

Depois da comunhão 

Ó Deus, que na alegria da festa de são José alimentastes neste altar a vossa família, protegei-nos sem cessar e guardai em nós os vossos dons. Por Cristo, nosso Senhor. 

Solenidade de São José


Hoje a Santa Igreja interrompe a penitência quaresmal para celebrar com júbilo a Solenidade de São José, esposo da SS. Virgem. Tal celebração se faz por duas razões mais do que justas, na medida em que São José é esposo da bem-aventurada virgem e por consequência pai adotivo do Senhor Jesus, tomando assim parte da intimidade do mistério da redenção. 

São raros os dados sobre as origens, a infância e a juventude de José, o humilde carpinteiro de Nazaré, pai terrestre e adotivo de Jesus Cristo, e esposo da Virgem de todas as virgens, Maria. Sabemos apenas que era descendente da casa de David. Mas, a parte de sua vida da qual temos todo o conhecimento basta para que sua canonização seja justificada. José é, praticamente, o último elo de ligação entre o Velho e o Novo Testamento, o derradeiro patriarca que recebeu a comunicação de Deus vivo, através do caminho simples dos sonhos. Sobretudo escutou a palavra de Deus vivo. Escutando no silêncio. 

Nas Sagradas Escrituras não há uma palavra sequer pronunciada por José. Mas, sua missão na História da Salvação Humana é das mais importantes: dar um nome a Jesus e fazê-lo descendente de David, necessário para que as profecias se cumprissem. Por isso, na Igreja, José recebeu o título de "homem justo". A palavra "justo" recorda a sua retidão moral, a sua sincera adesão ao exercício da lei e a sua atitude de abertura total à vontade do Pai celestial. Também nos momentos difíceis e às vezes dramáticos, o humilde carpinteiro de Nazaré nunca arrogou para si mesmo o direito de pôr em discussão o projeto de Deus. Esperou a chamada do Senhor e em silêncio respeitou o mistério, deixando-se orientar pelo Altíssimo. 

Quando recebeu a tarefa, cumpriu-a com dócil responsabilidade: escutou solícito o anjo, quando se tratou de tomar como esposa a Virgem de Nazaré, na fuga para o Egito e no regresso para Israel (Mt 1 e 2, 18-25 e13-23). Com poucos mas significativos traços, os evangelistas o descreveram como cuidadoso guardião de Jesus, esposo atento e fiel, que exerceu a autoridade familiar numa constante atitude de serviço. As Sagradas Escrituras nada mais nos dizem sobre ele, mas neste silêncio está encerrado o próprio estilo da sua missão: uma existência vivida no anonimato de todos os dias, mas com uma fé segura na Providência. 

Somente uma fé profunda poderia fazer com que alguém se mostrasse tão disponível à vontade de Deus. José amou, acreditou, confiou em Deus e no Messias, com toda sua esperança. Apesar da grande importância de José na vida de Jesus Cristo não há referências da data de sua morte. Os teólogos acreditam que José tenha morrido três anos antes da crucificação de Jesus, ou seja quanto Ele tinha trinta anos. 

Por isso, hoje é dia de festa para a Fé. O culto a São José começou no Egito, passando mais tarde para o Ocidente, onde hoje alcança grande popularidade. Em 1870, o Papa Pio IX o proclamou São José, padroeiro universal da Igreja e, a partir de então, passou a ser venerado no dia 19 de março. Porém, em 1955, o Papa Pio XII fixou também, o dia primeiro de maio para celebrar São José, o trabalhador. Enquanto, o Papa João XXIII, inseriu o nome de São José no Cânone romano, durante o seu pontificado. 

Celebram-se hoje as excelsas virtudes e a santidade que lhe mereceram a predileção de Deus e a dignidade de Padroeiro universal da Igreja. Na Santa Missa, depois de o saudarmos com o título de fiel e prudente (Antífona), imploramos sua intercessão pela Santa Igreja (Oração da Coleta). São José embora ornado de tantas virtudes é modelo de perfeita humildade, sendo pequeno aos olhos do mundo, foi grande aos olhos de Deus, e maior ainda o é no reino dos céus. Nos deixemos levar por este grande exemplo, façamos destas últimas semanas de nossa caminhada quaresmal um verdadeiro momento para voltarmo-nos totalmente para o Senhor Jesus, para assim qual São José, receber as glórias do Senhor Ressuscitado. 

sábado, 8 de março de 2014

Quaresma: Um tempo com características próprias.

O tempo da Quaresma que iniciaremos amanhã, é o tempo que precede e dispõe à celebração da Páscoa. Tempo de escuta da Palavra de Deus e de conversão, de preparação e de memória do Batismo, de reconciliação com Deus e com os irmãos, de recurso mais freqüente às “armas da penitência cristã”: a oração, o jejum e a esmola (ver MT 6,1-6.16-18).

De maneira semelhante como o antigo povo de Israel que partiu durante quarenta anos pelo deserto para ingressar na terra prometida, a Igreja, o novo povo de Deus, prepara-se durante quarenta dias para celebrar a Páscoa do Senhor. Embora seja um tempo penitencial, não é um tempo triste e depressivo. Trata-se de um tempo especial de purificação e de renovação da vida cristã para poder participar com maior plenitude e gozo do mistério pascal do Senhor.
A Quaresma é um tempo privilegiado para intensificar o caminho da própria conversão. Este caminho supõe cooperar com a graça, para dar morte ao homem velho que atua em nós. Trata-se de romper com o pecado que habita em nossos corações, nos afastar de todo aquilo que nos separa do Plano de Deus, e por conseguinte, de nossa felicidade e realização pessoal.
A Quaresma é um dos quatro tempos fortes do ano litúrgico e isso deve ver-se refletido com intensidade em cada um dos detalhes de sua celebração. Quanto mais forem acentuadas suas particularidades, mais frutuosamente poderemos viver toda sua riqueza espiritual.
.: Sentido da Quaresma :.

O primeiro que devemos dizer ao respeito é que a finalidade da Quaresma é ser um tempo de preparação à Páscoa. Por isso se está acostumado a definir à Quaresma, “como caminho para a Páscoa”. A Quaresma não é portanto um tempo fechado em si mesmo, ou um tempo “forte” ou importante em si mesmo. É mas bem um tempo de preparação, e um tempo “forte”, assim que prepara para um tempo “mais forte” ainda, que é a Páscoa. 
O tempo de Quaresma como preparação à Páscoa se apóia em dois pilares: por uma parte, a contemplação da Páscoa de Jesus; e por outra parte, a participação pessoal na Páscoa do Senhor através da penitência e da celebração ou preparação dos sacramentos pascais –batismo, confirmação, reconciliação, eucaristia –, com os que incorporamos nossa vida à Páscoa do Senhor Jesus.
Nos incorporar ao “mistério pascal” de Cristo supõe participar do mistério de sua morte e ressurreição. Não esqueçamos que o Batismo nos configura com a morte e ressurreição do Senhor. A Quaresma procura que essa dinâmica batismal (morte para a vida) seja vivida mais profundamente. trata-se então de morrer a nosso pecado para ressuscitar com Cristo à verdadeira vida: “Eu lhes asseguro que se o grão de trigo…morre dará fruto” (Jo 20,24).

Fonte: ACI Digital

terça-feira, 4 de março de 2014

O Tempo da Quaresma


Exaudi nos, Domine, quoniam benigna est misericórdia tua: secundum multitudinem miserationum tuarum respice nos, Domine. Sl 68, 17


Significado deste tempo: Durante estes quarenta dias os cristãos se unem intimamente aos sofrimentos e a morte do Divino Salvador, afim de ressuscitarem com ele para uma vida nova, nas grandes solenidades pascais.
Nos primeiros tempos do cristianismo, esta idéia fundamental achava sua aplicação no Batismo dos catecúmenos e na reconciliação dos penitentes. Por toda a Liturgia da Quaresma, a Igreja instruía os pagãos que se preparavam para o Batismo. No Sábado Santo mergulhava-os nas fontes batismais, de onde saíam para uma vida nova, como Cristo do túmulo. Por sua vez, os fiéis gravemente culpados, deviam fazer penitência pública e cobrir-se de cinzas, para acharem uma vida nova em Cristo Jesus. Convém reparar nestes dois elementos, para compreender a liturgia da Quaresma e a escolha de muitos textos sagrados.

Nossa participação neste tempo: O Papa São Leão Magno assim se dirigiu ao povo explicando a Quaresma: “Sem dúvida, diz ele, os cristão nunca deveriam perder de vista estes grandes mistérios... porém esta virtude é de poucos. Contudo é preciso que os cristãos sacudam a poeira do mundo. A sabedoria divina estabeleceu este tempo propicio de quarenta dias, afim de que nossas almas se purificassem, e, por meio de boas obras e jejuns, expiassem as faltas de outros tempos. Inúteis seriam, porém, os nossos jejuns, se neste tempo os nossos corações se não desapegassem do pecado.”
Lendo estas palavras, parece-nos assistir a abertura de um retiro. Com efeito, a Quaresma é o grande retiro anual de toda a família cristão, sob a direção maternal e segundo o método da santa Igreja. Este retiro terminará pela confissão e comunhão geral de todos os seus filhos, associados assim, realmente, a Ressurreição do Divino Mestre e ressurgindo por sua vez para uma vida nova.

O Jejum: Seria engano não reconhecer a utilidade desta mortificação corporal, seria menosprezar o exemplo de Jesus Cristo mesmo e pecar gravemente contra a autoridade da Igreja, sua divina esposa. Um dos prefácios da quaresma nos descreve os efeitos salutares do jejum, e aqueles que por motivos justos são dele dispensados, não o estarão do jejum espiritual, isto é, de abster-se de atividades puramente recreativas.

A Oração: Assim como a palavra jejum abrange todas as mortificações corporais, da mesma maneira compreende a palavra oração todos os exercícios de piedade feitos neste tempo, com um recolhimento particular, como por exemplo: a assistência a Santa Missa, a leitura de bons livros, a meditação, especialmente da paixão de Jesus Cristo, a Via Sacra e a assistência as pregações quaresmais.

A Esmola: Compreende as obras de misericórdia para com o próximo. Já no Antigo Testamento está dito: “Mais vale a oração acompanhada de jejum e da esmola do que amontoar tesouros” (Tb 12, 8). Praticando essas obras, preparavam-se antigamente os catecúmenos para o batismo que iam receber no Sábado Santo, enquanto os penitentes públicos se submetiam a ela com espírito de dor e arrependimento de coração.

Particularidades deste tempo: A cor dos paramentos é roxa. Omite-se completamente o Aleluia, enquanto o Glória só se canta nas festas do Santos. Os altares são despojados de enfeites e o órgão se cala, menos no IV. Domingo (Laetare). Também em sinal de recolhimento, os sinos se calam.
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