quarta-feira, 25 de abril de 2012

Hinos - Surrexit Pastor Bonus



Latim:

Surrexit pastor bônus qui animam suam posuit pro ovibus suis, aleluia.

Et pro suo crua mori dignatus est, aleluia

Et enim pascha nostrum immolatus est Christus. Aleluia.


Português:

O bom pastor, que deu a sua vida pelas suas ovelhas, ressuscitou, aleluia.

E ele não desdenhou a morrer pelo seu rebanho, aleluia.

Realmente era o Cristo, o cordeiro pascal sacrificado por nós. Aleluia.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Semana Santa em nossas Paróquias - Paróquia da SS. Trindade


Procissão de Ramos

Presidente da Celebração: Dom Vicente Joaquim Zico, CM.


Santa Missa na Região São Vicente de Paulo

Na manhã do último sábado, dia 21 de abril, a Coordenação Arquidiocesana dos Servidores do Altar visitou a Região Episcopal São Vicente de Paulo. Na ocasião, o diretor espiritual e assessor arquidiocesano Pe. Plínio Pacheco oficiou a Santa Missa que contou com a presença de mais de 100 servidores do altar de diversas paróquias da referida região episcopal. Agradecemos especialmente a acolhida do pároco da Paróquia São Vicente de Paulo onde deu-se o encontro.

Veja as fotos:

domingo, 22 de abril de 2012

III Domingo de Páscoa

Antífona da entrada: Aclamai a Deus, toda a terra, cantai a glória de seu nome, rendei-lhe glória e louvor, aleluia! (Sl 65,1s) 

Oração do dia 

Ó Deus, que o vosso povo sempre exulte pela sua renovação espiritual, para que, tendo recuperado agora com alegria a condição de filhos de Deus, espere com plena confiança o dia da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. 

Sobre as oferendas 

Acolhei, ó Deus, as oferendas da vossa Igreja em festa. Vós, que sois a causa de tão grande júbilo, concedei-lhe também a eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor. 

Antífona da comunhão: Era preciso que Cristo padecesse e ao terceiro dia ressurgisse dos mortos; e que em seu nome fosse pregado a todas as nações o arrependimento para o perdão dos pecados, aleluia! (Lc 24,46s) 

Depois da comunhão 

Ó Deus, olhai com bondade o vosso povo e concedei aos que renovastes pelos vossos sacramentos a graça de chegar um dia à glória da ressurreição da carne. Por Cristo, nosso Senhor.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Espiritualidade Região Episcopal São João Batista

Na manhã do dia 31 de março, Sábado, aproximadamente 300 Servidores do Altar das mais diversas paróquias da Região Episcopal São João Batista reuniram-se para uma Espiritualidade que antecedeu a Semana Santa. Na ocasião, os coroinhas encontraram-se com o Diretor Espiritual e Assessor Arquidiocesano, Pe. Plínio Pacheco e com a coordenação arquidiocesana dos Servidores do Altar. O encontro deu-se na Paróquia São João Batista e Nossa Sra. das Graças em Icoaraci, cujo pároco (Pe. Agostinho Cruz) acolheu muito bem a todos.

Titanic

No domingo passado, dia 15 de abril, o mundo inteiro lembrou um desastre ocorrido exatamente 100 anos antes, onde na região norte do oceano Atlântico afundava o "inafundável" Titanic. Dentre os vários fatos noticiados acerca disso, citamos abaixo um pouco conhecido, mas muito importante. Para tal, publicamos um artigo extraído do excelente site Direto da Sacristia.

"Nem Deus afunda esse navio"

A Igreja sempre esteve presente na história humana. Seja como mestra ou como padecente de perseguição; seja como único farol capaz de guiar em alguma situação ou submetida ao julgo de quem a invejava e desejava destruí-La; seja como creditada de portadora da Verdade ou submetida a mentiras contra sua imaculada natureza: a Igreja, aos poucos espalhada pelos quatro pontos cardeais, assistiu ao desenvolvimento das sociedades.

À primeira vista, não tem nada a ver. Mas, neste artigo, apresentaremos que até mesmo no navio que escreveu sua história na humanidade quando, por torpe vaidade, fez perecer inúmeras vidas, a Igreja estava presente. Sim, até mesmo nas crônicas do Titanic, de cujo naufrágio o dia 15 deste é centenário, os católicos estão presentes e, sendo testemunhas desse acontecimento imortalizado no filme homônimo de 1997, têm autoridade para relatar a sua versão dos fatos.

* * *

Quando o navio afundou, as pessoas não conseguiam crer que um triunfo da inteligência humana, o que havia de mais moderno e seguro no transporte de passageiros na época, poderia ter mergulhado nas profundezas do Oceano Atlântico, apenas três horas após chocar-se contra um iceberg. A grande questão era: “Como algo construído com ferro e aço poderia ter sido literalmente rasgado por um bloco de gelo?!”. Não poderia ter sido apenas um mero acidente. Buscava-se uma explicação mais profunda.

Docas da construção do Olympic e do seu irmão gêmeo, o Titanic, à direita


Poucos dias após o desastre, espalhou-se em partes da Irlanda e nas comunidades irlandesas nos EUA, a história de que o Titanic fora afundado em um ato de retribuição divina pelas blasfêmias proferidas pelos tripulantes e engenheiros, que, com grande presunção, afirmaram ser o navio inafundável até mesmo se Deus o quisesse afundar. O navio teve sua construção em Belfast, Irlanda do Norte, região de maioria protestante e extremamente anticatólica. Ainda nos dias atuais, o histórico antagonismo entre católicos irlandeses do sul e protestantes irlandeses do norte (presbiterianos, em maioria) é causa de mortes e de perseguições na sociedade irlandesa. Pouco antes da construção do Titanic, William James Pirrie, político de destaque na Irlanda do Norte e presidente da Harland and Wolff, empresa especializada em construção de navios, ordenou a proibição da contratação de trabalhadores católicos por pertencerem a uma “igreja papista e venenosa”. A medida foi aceita com grande entusiasmo e caso fosse descoberto algum católico trabalhando ilegalmente, este poderia ser espancado e perderia o emprego imediatamente.

O Titanic em sua doca

Apesar de os católicos haverem sido banidos da construção, não havia proibição para os passageiros. O padre Thomas Roussel Davids Byles deixou seu nome gravado na História. São Pio X, então pontífice reinante, chamou-o de um verdadeiro mártir, um homem que deu sua vida para a salvação das almas. Filho de um rico empresário inglês e também pastor congregacional, sobrinho de um alto membro do parlamento britânico, o jovem Thomas, enquanto estudante de Matemática, História Moderna e Teologia na Universidade de Oxford, desenvolveu um grande interesse pelo catolicismo, o que levou-o à conversão. Lecionou em um colégio, e, não podendo realizar seu desejo de ingressar numa ordem religiosa devido à sua débil saúde, foi enviado para estudar em Roma, onde fora ordenado em 15 de junho de 1902. Seu irmão emigrou para os EUA e também se converteu ao catolicismo, convidando o padre para assistir seu casamento. O padre Byles celebrou a missa da oitava da Páscoa na manhã do dia do naufrágio, e recordou na homilia que todos têm a necessidade de “um salva-vidas em forma de consolo religioso em meio aos naufrágios espirituais”. De fato, segundo as testemunhas, o padre inglês foi um verdadeiro herói até o fim. Ajudou os passageiros da terceira classe a subir para as partes mais altas do navio, ajudou na evacuação para os botes salva-vidas, ouviu confissões e deu conforto espiritual aos que estavam em desespero. Há relatos de que até protestantes e judeus recorreram ao padre no último momento, muitos pedindo uma confissão, talvez porque Deus os concedera uma última chance de aceitar a Verdade, ao contemplar a face serena de um homem trajando sua batina negra, com rosário na mão e a recitar passagens do Apocalipse. Perto do fim, entre gemidos e lágrimas, pessoas de diversos credos recitavam em coro: “Ave Maria… rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte”. Por diversas vezes lhe foi oferecido um lugar em um barco salva-vidas, no entanto, o padre replicara dizendo: “Não irei até salvar a última alma, nem que isto me custe a vida”. É salutar ressaltar que havia também no navio dois outros sacerdotes católicos. Ambos foram orientados pelo padre Thomas Byles, que impressionava a todos com sua serenidade, para que o ajudassem a atender o grande número de passageiros.

Rev.do pe. Thomas Roussel Davids Byles, um verdadeiro mártir, nas palavras de São Pio X

O jovem padre Juozas Montvila, lituano e sacerdote da Igreja Greco-Católica Ucraniana em comunhão com Roma, exercia seu ministério clandestinamente em seu país. Na época, a Lituânia estava sob a dominação russa e o Tsar Nicolau II queria o avanço da Igreja Ortodoxa Russa no país. Os católicos de Rito Latino deveriam ser tolerados, já que a Rússia tinha que manter boas relações com a França e com o Império Austro-Húngaro, defensores do catolicismo latino lituano. Entretanto, os católicos de rito bizantino ucraniano eram considerados verdadeiros vermes insignificantes e deveriam ter sua fé reprimida a qualquer custo. (Infelizmente, ainda hoje, esta é a mentalidade de muitos ortodoxos em relação aos católicos de Ritos Orientais. Sabe-se que alguns líderes ortodoxos ucranianos e russos pediram à população que rezasse novenas pedindo à Virgem Maria a queda do avião que trouxe o Papa João Paulo II à Ucrânia. Não obtento êxito, mandaram desinfetar as ruas por onde o Papa passou. Toda essa raiva foi motivada pela beatificação de mártires da Igreja Greco-Católica Ucraniana). As autoridades imperiais descobriram que o padre Montvila estava celebrando às escondidas e, para não ser preso por desobediência, já que não queria deixar o ministério, resolveu emigrar para os EUA. Auxiliou o padre Thomas Byles, ouvindo confissões e dando conforto espiritual durante o naufrágio. Também recusou um lugar em um bote salva-vidas.

Rev.do pe. Juozas Montvila, lituano, sacerdote greco-católico ucraniano,
vítima de perseguição do regime tsarista russo.
Era famoso desenhista e reconhecido por seu talento artístico

O monge alemão, pe. Joseph Peruschitz, OSB, também estava à bordo do Titanic, rumo aos EUA, onde iria continuar seus estudos numa abadia. Também fora orientado pelo padre Byles para dar auxílio espiritual aos desesperados. Há relatos de que reuniu um grupo e rezaram o rosário até o navio naufragar. Recusou um assento no salva-vidas.

Rev.do Pe. Joseph Peruschitz, OSB, monge alemão da Baviera

Um futuro sacerdote também estava no navio, mas deixou-o antes de que partisse da Europa. O fotógrafo amador e jesuíta Francis Browne recebeu de presente de seu tio uma viagem na primeira classe apenas para a Irlanda, onde o Titanic fez parada antes de seguir rumo a Nova York. Escapou da morte no naufrágio, vindo a falecer em 1960.

O seminarista Francis Browne, SJ, à esquerda.
No centro, seu tio, o bispo Robert Browne, S.J., que lhe presenteou com a viagem em uma das melhores cabines da primeira classe até a Irlanda, após ter levado seu sobrinho para conhecer o então Papa e hoje São Pio X

Os sobreviventes não conseguem precisar qual a última música tocada pela banda do navio. Alguns afirmam haver sido o belíssimo hino anglicano “Abide with me” – “Permanece comigo”, uma oração que implora a Deus que permaneça com quem ora, durante a vida, durante as suas tempestades e durante a morte: “Permanece comigo, pois rápido cai a noite e a escuridão aumenta, [...] apesar das transgressões de minha juventude, ainda que eu tenha Vos abandonado, Vós nunca me abandonastes, [...] venha, não em meio ao terror, mas gentil e bom para enxugar todas as lágrimas, ó amigo dos pecadores, [...] não temo a nenhum inimigo, pois estais ao meu lado a me abençoar. Os males não me pesam e as lágrimas não me amarguram. Onde está o aguilhão da morte?; onde está, ó sepultura, a tua vitória? Eu ainda triunfarei se o Senhor permanecer comigo. Contemplo a Vossa Cruz diante dos meus olhos que se fecham. Que Ela brilhe e seja minha luz na escuridão e me guie aos Céus, [...] na vida, na morte, ó Senhor, pemanece comigo”. A versão mais aceita é a que o navio naufragara ao som do conhecido hino unitário do século XIX, ”Nearer my God to Thee” – “Mais perto, meu Deus, de Ti, [...] ainda que seja a dor que me una a Ti”. 

Botes salva-vidas usados na evacuação dos passageiros do RMS Titanic.
Não havia botes em quantidade suficiente para todos os passageiros

Alguns anos antes da tragédia, o escritor Morgan Robertson escreveu um drama intitulado “Futilidade”, ou “O Naufrágio de Titan”, um navio indestrutível que naufragava numa noite fria de abril, após chocar-se contra um iceberg. Muitos consideram isto uma premonição do que haveria de acontecer com o Titanic. Para outros, uma mera coincidência. É intrigante que tanto o número de passageiros, quanto outras características do Titan eram bastante semelhantes às do Titanic. Quem sabe se os construtores do verdadeiro “inafundável” não tenham se inspirado no livro e, por audácia, tenham desejado que a história fosse diferente?!

O naufrágio resultou na morte de 1.523 pessoas, até hoje considerado uma das maiores catástrofes marítimas de todos os tempos. Relatos nos contam que o iceberg era semelhante ao “dedo de Deus” a perseguir o navio. Sim, muitas são as evidências de que Deus quis, nas palavras do bispo anglicano de Winchester, que o nome Titanic fosse inscrito na História como um alerta da presunção humana, em que o homem pretende se igualar ou ser maior que Deus; que esse navio fosse um marco que recordasse a pequenez da criatura confrontada com o poder do Criador; que recordasse que é consumada loucura o homem empregar sua suposta sabedoria ou sua pouca inteligência e se arrogar superior ao Senhor. Porém, a sábia e misericordiosa Providência Divina, que quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da Verdade, fez uso de três sacerdotes da Santa Igreja para dar a oportunidade àquelas pobres almas de, no último momento, reconhecerem o único meio que oferecia a salvação que buscaram a vida inteira, e que naquele instante desesperador, quando diante delas apareceu o temível e desconhecido e ao qual nada vale o socorro dos homens, revelou-se um porto seguro que detinha o medo do que lhes aguardava no turbilhão das águas congelantes que as sugaria para os milhares de metros abaixo assim que a última parte do navio naufragasse.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

"Assim, graças a esta força de unidade que mantém numa perfeita coesão todos os membros do corpo hierárquico, o simples fiel, unido ao seu pastor de sua paróquia, se acha por isto mesmo unido ao Bispo, o qual se acha unido ao Papa, o qual se acha unido a Jesus Cristo, o qual se acha unido à Deus."
Dom Antônio de Macêdo Costa, 10º Bispo do Pará (1860-1890)







07 anos de Pontificado do Papa Bento XVI - Habemus Papam





O Habemus Papam  é o texto lido pelo cardeal protodiácono (isto é, o mais velho entre os cardeais da ordem dos diáconos) para anunciar a eleição de um novo Papa. O texto anuncia ao povo católico que um novo pontífice foi eleito e que o escolhido aceitou a eleição. 

O anúncio é feito da varanda central da Basílica de São Pedro no Vaticano, Roma. Após o anúncio, o novo papa é apresentado ao povo e ele dá a sua primeira bênção Urbi et Orbi.

Texto do anúncio:

Latim

Annuntio vobis gaudium magnum;

Habemus Papam:

Eminentissimum ac reverendissimum Dominum,

Dominum (Nome),

Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinalem (Sobrenome),

Qui sibi nomen imposuit (Nome papal).



Português

Anuncio-vos uma grande alegria;

Temos um Papa:

O eminentíssimo e reverendíssimo Senhor,

Dom (Nome),

Cardeal da Santa Romana Igreja (Sobrenome),


Que se impôs o nome de (Nome papal).


Pronúncia dos nomes do novo Papa:

Ao anunciar o nome do papa recém-eleito, é dito o nome de nascimento do novo papa ou o primeiro nome em latim, caso acusativo (ex.Angelum Iosephum, Ioannem Baptistam, Albinum, Carolum, Iosephum), o sobrenome do novo pontífice é anunciado na língua original (por exemplo, Roncalli, Montini, Luciani, Wojtya, Ratzinger). O nome pontifício do novo papa é normalmente pronunciado em latim, no caso genitivo (ex. Ioannis vicesimi Tertii, Ioannis Pauli primi, e etc), embora também possa ser utilizado o caso acusativo em latim (como foi o caso em 1963, quando o nome papal de Paulo VI foi anunciado como Paulum Sextum). 

Nome original
Latim
Nome papal
Latim
Angelo Giuseppe Roncalli
Angelum Iosephum Roncalli
João XXIII
Ioannis vicesimi tertii
Giovanni Battista Montini
Ioannem Baptistam Montini
Paulo VI
Paulum sextum
Albino Luciani
Albinum Luciani
João Paulo I
Ioannis Pauli primi
Karol Wojtyła
Carolum Wojtya
João Paulo II
Ioannis Pauli secundi
Joseph Ratzinger
Iosephum Ratzinger
Bento XVI
Benedicti decimi sexti


Protodiáconos que fizeram o anúncio:

Esta é uma lista parcial dos cardeais protodiáconos que fizeram o anúncio Habemus Papam.

§ Francesco Sforza di Santa Fiora, anunciou as eleições do Papa Leão XI e do Papa Paulo V em 1605.

§ Andrea Baroni Peretti Montalto, anunciou a eleição de Papa Gregório XV (1621)

§ Alessandro d'Este, anunciou a eleição de Papa Urbano VIII (1623)

§ Giangiacomo Teodoro Trivulzio, anunciou a eleição de Papa Alexandre VII (1655)

§ Rinaldo d'Este, anunciou a eleição de Papa Clemente IX (1667)

§ Francesco Maidalchini, anunciou as eleições do Papa Clemente X (1670), Papa Inocêncio XI (1676) e do Papa Alexandre VIII (1689)

§ Urbano Saccetti, anunciou a eleição do Papa Inocêncio XII (1691)

§ Benedetto Pamphilj, anunciou as eleições do Papa Clemente XI (1700), Papa Inocêncio XIII (1721) e do Papa Bento XIII (1724)

§ Lorenzo Altieri, anunciou a eleição do Papa Clemente XII (1730), não pode anunciar a eleição do Papa Bento XIV em 1740, devido a sua saúde, sendo substituído pelo cardeal Carlo Maria Marini.

§ Alessandro Albani, anunciou as eleições de Papa Clemente XIII (1758), Papa Clemente XIV (1769) e do Papa Pio VI (1775)

§ Antonio Doria Pamphili, anunciou a eleição do Papa Pio VII (1800)

§ Fabrizio Ruffo, anunciou a eleição do Papa Leão XII (1823)

§ Giuseppe Albani, anunciou as eleições do Papa Pio VIII (1829) e do Papa Gregório XVI (1831)

§ Tommaso Riario Sforza, anunciou a eleição do Papa Pio IX (1846)

§ Prospero Caterini, anunciou a eleição do Papa Leão XIII (1878)

§ Luigi Macchi, anunciou a eleição do Papa Pio X (1903)

§ Salésio Francesco Della Volpe, anunciou a eleição do Papa Bento XV (1914)

§ Gaetano Bisleti, anunciou a eleição do Papa Pio XI (1922)

§ Camillo Caccia-Dominioni, anunciou a eleição do Papa Pio XII (1939)

§ Nicola Canali, anunciou a eleição do Papa João XXIII (1958)

§ Alfredo Ottaviani, anunciou a eleição do Papa Paulo VI (1963)

§ Pericle Felici, anunciou as eleições do Papa João Paulo I e do Papa João Paulo II (1978)

§ Jorge Medina Estévez, anunciou a eleição do Papa Bento XVI (19 de abril de 2005), a fórmula foi precedida de uma saudação (Queridos Irmãos e Irmãs) nas línguas (italiana,castelhana, francesa, alemã e inglesa).

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Papa - 85 anos de vida

Conforme aqui noticiamos, na última segunda-feira 16 de abril, o Papa Bento XVI completou 85 anos de vida. Veja abaixo alguns vídeos das comemorações deste dia:

Papa é saudado por diversas pessoas e é homenageado com danças típicas de sua região de nascimento, destaca-se a presença de seu irmão Mons. Georg Ratzinger.

Em Santa Missa oficiada na Capela Paulina no Palácio Apóstolico, o Santo Padre é saudado pelos membros do Sacro Colégio.

Bento XVI - 07 anos de Pontificado


Na próxima quinta-feira (19), o Papa Bento XVI completará sete anos a frente do rebanho católico. Para comemorar esta data, os blogueiros católicos estão preparando um tuitaço. O hashtag escolhido é:

#7BXVI

Todos os católicos que estão presentes nas redes sociais estão convidados para apoiar a campanha. Replique este texto nas redes sociais e convide seus contatos a participar dessa comemoração.

Vamos mostrar ao mundo o carinho que o Brasil Católico nutre por seu Pastor Universal!

Quando: 19 de abril.
Concentração: a partir das 16h
Onde: Twitter, Facebook, Orkut, etc.
Mote: #7BXVI.

Hinos - Sequência da Páscoa - Victimae Paschali Laudes


A sequência do dia de Páscoa é cantada no Domingo da Ressureição logo após a segunda leitura e antes do Aleluia.Victimae Paschali Laudes (Salve Vítima Pascal) é uma das quatro sequências medievais que foram preservados no Missal Romano publicado em 1570 após o Concílio de Trento.

Victimae paschali Laudes
immolent Christiani.

Agnus redemit Oves:
Christus Innocens Patri
reconciliavit peccatores.

Mors et vita duello
conflixere mirando:
dux vitae Mortuus,
vivus regnat.

Dic nobis Maria,
quid vidisti na via?

Sepulcrum Christi viventis,
et gloriam vidi resurgentis:

Angelicos testículos,
sudário, vestes et.

Surrexit Christus spes mea:
suos praecedet em Galilaeam.

Credendum magis est soli
Mariae veraci
Quam Judaeorum Turbae Fallaci.

Scimus Christum surrexisse
um vere mortuis:
tu nobis, victor Rex, miserere.
Amen.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Missa na Região Episcopal São Vicente de Paulo


Após visitar a Região Episcopal São João Batista no dia 31 de março, o Diretor Espiritual e a Coordenação Arquidiocesana dos Servidores do Altar visitará a Região Episcopal São Vicente de Paulo. Contamos com a presença de todos os Servidores do Altar da referida região.

Data: 21/04/2012 (Sábado)

Horário: 08:30h 

Local: Paróquia São Vicente de Paulo (PAAR).

Após a Santa Missa haverá confraternização (Lanche) dos Servidores do Altar da região.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Aniversário Natalício de S. S. Bento XVI - 85 anos


Joseph Alois Ratzinger, nasceu em Marktl am Inn, Alemanha, no dia 16 de abril de 1927 sendo eleito Papa dia 19 de Abril de 2005. Foi eleito como o 266º Papa com a idade de 78 anos e três dias, sendo o atual Sumo Pontífice da Igreja Católica. Foi eleito para suceder ao Papa João Paulo II no conclave de 2005 que terminou no dia 19 de Abril.

Parabéns Santo Padre!

Ad multos annos, Sancte Pater!

Casa em que nasceu
Joseph Ratzinger (aprox. 05 anos)

Com seu irmão Georg e seus pais logo após ser ordenado sacerdote

Servindo como Sub-Diácono

Assistente do Cardeal Frings no CVII

Arcebispo de Munique e Frising

domingo, 15 de abril de 2012

II Domingo de Páscoa


Antífona da entrada: Como crianças recém-nascidas, desejai o puro leite espiritual para crescerdes na salvação, aleluia! (1Pd 2,2) 

Oração do dia 

Ó Deus de eterna misericórdia, que reacendeis a fé do vosso povo na renovação da festa pascal, aumentai a graça que nos destes. E fazei que compreendamos melhor o batismo que nos lavou, o espírito que nos deu nova vida e o sangue que nos redimiu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. 

Sobre as oferendas 

Acolhei, ó Deus, as oferendas do vosso povo (e dos que renasceram nesta Páscoa), para que, renovados pela profissão de fé e pelo batismo, consigamos a eterna felicidade. Por Cristo, nosso Senhor. 

Antífona da comunhão: Estende a tua mão, toca o lugar dos cravos e não sejas incrédulo, mas fiel, aleluia! (Jo 20,27) 

Depois da comunhão 

Concedei, ó Deus onipotente, que conservemos em nossa vida o sacramento pascal que recebemos. Por Cristo, nosso Senhor. 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Hinos - Adoro te Devote



Adoro te devote é um hino de louvor e adoração ao Santíssimo Sacramento, escrito por São Tomás de Aquino.

Adóro te devóte, latens Déitas,
Quae sub his figúris vere látitas:
Tibi se cor meum totum súbiicit,
Quia te contémplans totum déficit.

Visus, tactus, gustus in te fállitur,
Sed audítu solo tuto créditur.
Credo, quidquid dixit Dei Fílus:
Nil hoc verbo Veritátis vérius.

In cruce latébat sola Déitas,
At hic latet simul et humánitas;
Ambo tamen credens atque cónfitens,
Peto quod petívit latro paénitens.

Plagas, sicut Thomas, non intúeor;
Deum tamen meum te confíteor.
Fac me tibi semper magis crédere,
In te spem habére, te dilígere.

O memoriále mortis Dómini!
Panis vivus, vitam praestan hómini!
Praesta meae menti de te vívere.
Et te illi semper dulce sápere.

Pie pellicáne, Iesu Dómine,
Me immúndum munda tuo sánguine.
Cuius una stilla salvum fácere
Totum mundum quit ab omni scélere.

Iesu, quem velátum nunc aspício,
Oro fiat illud quod tam sítio;
Ut te reveláta cernens fácie,
Visu sim beátus tuae glóriae. Amen.

domingo, 8 de abril de 2012

Sermão de Santo Agostinho sobre a Páscoa

Sermão:

“SOBRE A RESSURREIÇÃO DE CRISTO, SEGUNDO SÃO MARCOS”

(P.L. 38, 1104-1107)


Santo Agostinho (*350 - †430) - Bispo de Hipona

A ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo lê-se estes dias, como é costume, segundo cada um dos livros do santo Evangelho. Na leitura de hoje ouvimos Jesus Cristo censurando os discípulos, primeiros membros seus, companheiros seus porque não criam estar vivo aquele mesmo por cuja morte choravam. Pais da fé, mas ainda não fiéis; mestres - e a terra inteira haveria de crer no que pregariam, pelo que, aliás, morreriam - mas ainda não criam. Não acreditavam ter ressuscitado aquele que haviam visto ressuscitando os mortos. Com razão, censurados: ficavam patenteados a si mesmos, para saberem o que seriam por si mesmos os que muito seriam graças a ele.

E foi deste modo que Pedro se mostrou quem era: quando iminente a Paixão do Senhor, muito presumiu; chegada a Paixão, titubeou. Mas caiu em si, condoeu-se, chorou, convertendo-se a seu Criador.

Eis quem eram os que ainda não criam, apesar de já verem. Grande, pois, foi a honra a nós concedida por aquele que permitiu crêssemos no que não vemos! Nós cremos pelas palavras deles, ao passo que eles não criam em seus próprios olhos.

A ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo é a vida nova dos que crêem em Jesus, e este é o mistério da sua Paixão e Ressurreição, que muito devíeis conhecer e celebrar. Porque não sem motivo desceu a Vida até a morte. Não foi sem motivo que a fonte da vida, de onde se bebe para viver, bebeu desse cálice que não lhe convinha. Por que a Cristo não convinha a morte.

De onde veio a morte?

Vamos investigar a origem da morte. O pai da morte é o pecado. Se nunca houvesse pecado ninguém morreria. O primeiro homem recebeu a lei de Deus, isto é, um preceito de Deus, com a condição de que se o observasse viveria e se o violasse morreria. Não crendo que morreria, fez o que o faria morrer; e verificou a verdade do que dissera quem lhe dera a lei. Desde então, a morte. Desde então, ainda, a segunda morte, após a primeira, isto é, após a morte temporal a eterna morte. Sujeito a essa condição de morte, a essas leis do inferno, nasce todo homem; mas por causa desse mesmo homem, Deus se fez homem, para que não perecesse o homem. Não veio, pois, ligado às leis da morte, e por isso diz o Salmo: “Livre entre os mortos” [Sl 87].

Concebeu-o, sem concupiscência, uma Virgem; como Virgem deu-lhe à luz, Virgem permaneceu. Ele viveu sem culpa, não morreu por motivo de culpa, comungava conosco no castigo mas não na culpa. O castigo da culpa é a morte. Nosso Senhor Jesus Cristo veio morrer, mas não veio pecar; comungando conosco no castigo sem a culpa, aboliu tanto a culpa como a castigo. Que castigo aboliu? O que nos cabia após esta vida. Foi assim crucificado para mostrar na cruz o fim do nosso homem velho; e ressuscitou, para mostrar em sua vida, como é a nossa vida nova. Ensina-o o Apóstolo: “Foi entregue por causa dos nossos pecados, ressurgiu por causa da nossa justificação” [Rm 4,25].

Como sinal disto, fora dada outrora a circuncisão aos patriarcas: no oitavo dia todo indivíduo do sexo masculino devia ser circuncidado. A circuncisão fazia-se com cutelos de pedra: porque Cristo era a pedra. Nessa circuncisão significava-se a espoliação da vida carnal a ser realizada no oitavo dia pela Ressurreição de Cristo. Pois o sétimo dia da semana é o sábado; no sábado o Senhor jazia no sepulcro, sétimo dia da semana. Ressuscitou no oitavo. A sua Ressurreição nos renova. Eis por que, ressuscitando no oitavo dia, nos circuncidou.

É nessa esperança que vivemos. Ouçamos o Apóstolo dizer. “Se ressuscitasses com Cristo...” [Cl 3,1] Como ressuscitamos, se ainda morremos? Que quer dizer o Apóstolo: “Se ressuscitasses com Cristo?” Acaso ressuscitariam os que não tivessem antes morrido? Mas falava aos vivos, aos que ainda não morreram ... os quais, contudo, ressuscitaram: que quer dizer?

Vede o que ele afirma: “Se ressuscitasses com Cristo, procurai as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus, saboreai o que é do alto, não o que está sobre a terra. Porque estais mortos!”

É o próprio Apóstolo quem está falando, não eu. Ora, ele diz a verdade, e, portanto, digo-a também eu... E por que também a digo? “Acreditei e por causa disto falei” [Sl 115].

Se vivemos bem, é que morremos e ressuscitamos. Quem, porém, ainda não morreu, também não ressuscitou, vive mal ainda; e se vive mal, não vive: morra para que não morra. Que quer dizer: morra para que não morra? Converta-se, para não ser condenado.

“Se ressuscitasses com Cristo”, repito as palavras do Apóstolo, “procurai o que é do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus, saboreai o que é do alto, não o que é da terra. Pois morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, aparecer, então também aparecereis com ele na glória”. São palavras do Apóstolo. A quem ainda não morreu, digo-lhe que morra; a quem ainda vive mal, digo-lhe que se converta. Se vivia mal, mas já não vive assim, morreu; se vive bem, ressuscitou.

Mas, que é viver bem? Saborear o que está no alto, não o que sobre a terra. Até quando és terra e à terra tornarás? Até quando lambes a terra? Lambes a terra, amando-a, e te tornas inimigo daquele de quem diz o Salmo: “os inimigos dele lamberão a terra” [Sl 79,9].

Que éreis vós? Filhos de homens. Que sois vós? Filhos de Deus.

Ó filhos dos homens, até quando tereis o coração pesado? Por que amais a vaidade e buscais a mentira? Que mentira buscais? O mundo.

Quereis ser felizes, sei disto. Dai-me um homem que seja ladrão, criminoso, fornicador, malfeitor, sacrílego, manchado por to- dos os vícios, soterrado por todas as torpezas e maldades, mas não queira ser feliz. Sei que todos vós quereis viver felizes, mas o que faz o homem viver feliz, isso não quereis procurar. Tu, aqui, buscas o ouro, pensando que com o ouro serás feliz; mas o ouro não te faz feliz. Por que buscas a ilusão? E com tudo o que aqui procuras, quando procuras mundanamente, quando o fazes amando a terra, quando o fazes lambendo a terra, sempre visas isto: ser feliz. Ora, coisa alguma da terra te faz feliz. Por que não cessas de buscar a mentira? Como, pois, haverás de ser feliz? “Ó filhos dos homens, até quando sereis pesados de coração, vós que onerais com as coisas da terra o vosso coração?” [Sl 4,3] Até quando foram os homens pesados de coração? Foram-no antes da vinda de Cristo, antes que ressuscitasse o Cristo. Até quando tereis o coração pesado? E por que amais a vaidade e procurais a mentira? Querendo tornar-vos felizes, procurais as coisas que vos tornam míseros! Engana-vos o que descaiais, é ilusão o que buscais.

Queres ser feliz? Mostro-te, se te agrada, como o serás. Continuemos ali adiante (no versículo do Salmo): “Até quando sereis pesados de coração? Por que amais a vaidade e buscais a mentira?” “Sabei” - o quê? – “que o Senhor engrandeceu o seu Santo” [Sl 4,3].

O Cristo veio até nossas misérias, sentiu a fone, a sede, a fadiga, dormiu, realizou coisas admiráveis, padeceu duras coisas, foi flagelado, coroado de espinhos, coberto de escarros, esbofeteado, pregado no lenho, traspassado pela lança, posto no sepulcro; mas no terceiro dia ressurgiu, acabando-se o sofrimento, morrendo a morte. Eia, tende lá os vossos olhos na ressurreição de Cristo; porque tanto quis o Pai engrandecer o seu Santo, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu a honra de se assentar no Céu à sua direita. Mostrou-te o que deves saborear se queres ser feliz, pois aqui não o poderás ser. Nesta vida não podes ser feliz, ninguém o pode.

Boa coisa a que desejas, mas não nesta terra se encontra o que desejas. Que desejas? A vida bem-aventurada. Mas aqui não reside ela.

Se procurasses ouro num lugar onde não houvesse, alguém, sabendo da sua não existência, haveria de te dizer: “Por que estás a cavar? Que pedes à terra? Fazes uma fossa na qual hás de apenas descer, na qual nada encontrarás!”

Que responderias a tal conselheiro? “Procuro ouro”. Ele te diria: “Não nego que exista o que descias, mas não existe onde o procuras”.

Assim também, quando dizes: “Quero ser feliz”. Boa coisa queres, mas aqui não se encontra. Se aqui a tivesse tido o Cristo, igualmente a teria eu. Vê o que ele encontrou nesta região da tua morte: vindo de outros paramos, que achou aqui senão o que existe em abundância? Sofrimentos, dores, morte. Comeu contigo do que havia na cela de tua miséria. Aqui bebeu vinagre, aqui teve fel. Eis o que encontrou em tua morada.

Contudo, convidou-te à sua grande mesa, à mesa do Céu, à mesa dos anjos, onde ele é o pão. Descendo até cá, e tantos males recebendo de tua cela, não só não rejeitou a tua mesa, mas prometeu-te a sua.

E que nos diz ele?

“Crede, crede que chegareis aos bens da minha mesa, pois não recusei os males da vossa”.

Tirou-te o mal e não te dará o seu bem? Sim, da-lo-á. Pro- meteu-nos sua vida, mas é ainda mais incrível o que fez: ofereceu-nos a sua morte. Como se dissesse: “À minha mesa vos convido. Nela ninguém morre, nela está a vida verdadeiramente feliz, nela o alimento não se corrompe, mas refaz e não se acaba. Eia para onde vos convido, para a morada dos anjos, para a amizade do Pai e do Espírito Santo, para a ceia eterna, para a fraternidade comigo; enfim, a mim mesmo, à minha vida eu vos conclamo! Não quereis crer que vos darei a minha vida? Retende, como penhor a minha morte”.

Agora, pois, enquanto vivemos nesta carne corruptível, mor- ramos com Cristo pela conversão dos costumes, vivamos com Cristo pelo amor da justiça.

Não haveremos de receber a vida bem-aventurada senão quando chegarmos àquele que veio até nós, e quando começarmos a viver com aquele que por nós morreu.

sábado, 7 de abril de 2012

Paschalis Sollemnitatis: O Sábado Santo


73. Durante o Sábado Santo a Igreja permanece junto do sepulcro do Senhor, meditando a sua paixão e morte, a sua descida aos infernos[75], e esperando na oração e no jejum a sua ressurreição. Recomenda-se com insistência a celebração do oficio da leitura e das laudes com a participação do povo (cf. n. 40). Onde isto não é possível, prepare-se uma celebração da palavra ou um pio exercício que corresponda ao mistério deste dia.[76]

74. Podem ser expostas na igreja, para a veneração dos fiéis, a imagem de Cristo crucificado ou deposto no sepulcro, ou uma imagem da sua descida aos infernos, que ilustra o mistério do Sábado Santo, bem como a imagem da Santíssima Virgem das Dores.

75. Neste dia a Igreja abstém-se absolutamente do sacrifício da missa.[77] A sagrada Comunhão só pode ser dada como viático. Não se conceda a celebração de matrimônios nem a administração de outros sacramentos, exceto os da Penitência e da Unção dos Enfermos.

76. Os fiéis sejam instruídos sobre a natureza particular do Sábado Santo.[78] Os usos e as tradições de festa vinculados com este dia por causa da antiga antecipação da vigília para o Sábado Santo devem ser transferidos para a noite ou para o dia da Páscoa.

Passchalis Sollemnitatis - Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor




O Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor

A) A vigília Pascal da noite santa

77. Segundo uma antiquíssima tradição, esta noite é “em honra do Senhor”[79], e a vigília que nela se celebra, comemorando a noite santa em que o Senhor ressuscitou, deve ser considerada como “mãe de todas as santas vigílias”.[80] Nesta vigília, de fato, a Igreja permanece à espera da ressurreição do Senhor e celebra-a com os sacramentos da iniciação cristã.[81]

- Significado da característica noturna da vigília Pascal

78. “Toda a vigília pascal seja celebrada durante a noite, de modo que não comece antes do anoitecer e sempre termine antes da aurora de domingo”,[82] Esta regra deve ser interpretada estritamente. Qualquer abuso ou costume contrário, às vezes verificado, de se antecipar a hora da celebração da vigília pascal para horas em que, habitualmente, se celebram as missas vespertinas antes dos domingos, deve ser reprovado.[83] As razões apresentadas para antecipar a vigília Pascal, como por exemplo a insegurança pública, não se têm em conta no caso da noite de Natal ou de reuniões que se realizam de noite.

79. A vigília pascal, na qual os judeus esperaram a passagem do Senhor que os libertaria da escravidão do Faraó, foi por eles observada como memorial a ser celebrado todos os anos; era a figura da futura e verdadeira Páscoa de Cristo, isto é, da noite da verdadeira libertação, na qual.. Jesus rompeu o inferno, ao ressurgir da morte vencedor”.[84]

80. Desde o início a Igreja tem celebrado a Páscoa anual, solenidade das solenidades, com uma vigília noturna. Com efeito, a ressurreição de Cristo é o fundamento da nossa fé e da nossa esperança, e por meio do Batismo e da Confirmação fomos inseridos no mistério Pascal de Cristo: mortos, sepultados e ressuscitados com Ele, com Ele também havemos de reinar.[85]

Esta vigília é também espera da segunda vinda do Senhor.[86]

- A estrutura da vigília pascal e a importância dos seus elementos e das suas partes

81. A vigília tem a seguinte estrutura: depois do lucernário e da proclamação da Páscoa (primeira parte da vigília), a santa Igreja contempla as maravilhas que Deus operou em favor do seu povo desde o início (segunda parte ou liturgia da Palavra), até ao momento em que, com os seus membros regenerados pelo Batismo (terceira parte), é convidada à mesa, preparada pelo Senhor para o seu povo, memorial da sua morte e ressurreição, à espera da sua nova vinda (quarta parte).[87]

Esta estrutura dos ritos por ninguém pode ser mudada arbitrariamente.

82. A primeira parte compreende ações simbólicas e gestos, que devem ser realizados com tal dignidade e expressividade, de maneira que os fiéis possam verdadeiramente compreender o significado, sugerido pelas advertências e orações litúrgicas.

Na medida em que for possível, prepare-se fora da igreja, em lugar conveniente, o braseiro para a bênção do fogo novo, cuja chama deve ser tal que dissipe as trevas e ilumine a noite.

Prepare-se o círio Pascal que, no respeito da veracidade do sinal, “deve ser de cera, novo cada ano, único, relativamente grande, nunca artificial, para poder recordar que Cristo é a luz do mundo. A bênção do círio seja feita com os sinais e palavras indicados no Missal ou por outros aprovados pela Conferência Episcopal.[88]

83. A procissão com que o povo entra na igreja deve ser iluminada unicamente pela luz do círio pascal. Assim como os filhos de Israel eram guiados de noite pela coluna de fogo, assim também os cristãos, por sua vez, seguem a Cristo ressuscitado. Nada impede que, a cada resposta Demos graças a Deus!, se acrescente outra aclamação dirigida a Cristo.

A luz do círio Pascal passará, gradualmente, às velas que os fiéis têm em suas mãos, permanecendo ainda apagadas as lâmpadas elétricas.

84. O diácono faz a proclamação da Páscoa, magnífico poema lírico que apresenta todo o mistério pascal inserido na economia da salvação. Se necessário, ou por falta de diácono ou por impossibilidade do sacerdote celebrante, tal proclamação seja confiada a um cantor. As conferências episcopais podem adaptar convenientemente esta proclamação, introduzindo nela algumas aclamações da assembléia.[89]

85. As leituras da Sagrada Escritura formam a segunda parte da vigília. Elas descrevem os acontecimentos culminantes da história da salvação, que os fiéis devem poder tranqüilamente meditar por meio do canto do Salmo responsorial, do silêncio e da oração do celebrante.

O renovado Ordo da vigília compreende sete leituras do Antigo Testamento, tomadas dos livros da lei e dos profetas, já utilizadas com freqüência nas antigas tradições litúrgicas tanto do Oriente como do Ocidente; e duas leituras do Novo Testamento, tomadas das cartas dos apóstolos e do Evangelho. Desta maneira, a Igreja “começando por Moisés e seguindo pelos profetas”[90], interpreta o mistério pascal de Cristo. Portanto, na medida em que for possível, leiam-se todas as leituras de maneira que se respeite completamente a natureza da vigília pascal, que exige uma certa duração.

Todavia, onde as circunstâncias de natureza pastoral exigem que se reduza ainda o número das leituras, leiam-se ao menos três do Antigo Testamento, a saber, dos livros da lei e dos profetas; nunca se pode omitir a leitura do capítulo 14 do Êxodo, com o seu cântico.[91]

86. O significado tipológico dos textos do Antigo Testamento tem as suas raízes no Novo, e aparece sobretudo na oração pronunciada pelo celebrante depois de cada uma das leituras; para chamar a atenção dos fiéis, poderá ser também útil uma breve introdução para que compreendam o significado das mesmas. Tal introdução pode ser feita pelo próprio sacerdote celebrante ou pelo diácono. As Comissões litúrgicas nacionais ou diocesanas poderão cuidar da preparação de subsídios oportunos, que sirvam de ajuda aos pastores.

Depois da leitura canta-se o salmo com a resposta do povo. Na repetição destes diversos elementos mantenha-se um ritmo que possa favorecer a participação e a devoção dos fiéis.[92]Evite-se com todo o cuidado que os salmos sejam substituídos por canções populares.

87. No final das leituras do Antigo Testamento canta-se o Glória a Deus, tocam-se os sinos segundo os usos locais, pronuncia-se a oração e passa-se às leituras do Novo Testamento. Lê-se a exortação do apóstolo sobre o Batismo, entendido como inserção no mistério Pascal de Cristo.

Depois, todos se levantam: o sacerdote entoa por três vezes o Aleluia, elevando gradualmente a voz, e o povo repete-o.[93] Se necessário, o sal. mista ou um cantor entoa o Aleluia, que o povo prossegue intercalando a aclamação entre os versículos do Salmo 117, tantas vezes citado pelos apóstolos na pregação pascal.[94] Por fim, com o Evangelho é anunciada a ressurreição do Senhor, como ápice de toda a liturgia da Palavra. Não se deve omitir a homilia, ainda que seja breve.

88. A terceira parte da vigília é constituída pela liturgia batismal. A Páscoa de Cristo e nossa é agora celebrada no sacramento. Isto pode ser expresso de maneira mais completa nas igrejas que têm a fonte batismal, e sobretudo quando tem lugar a iniciação cristã dos adultos ou, pelo menos, o batismo de crianças.[95] Mesmo que não haja a cerimônia do Batismo, nas igrejas paroquiais deve-se fazer a bênção da água batismal. Quando esta bênção não é feita na fonte batismal mas no presbitério, num segundo momento a água batismal seja levada ao batistério, onde será conservada durante todo o tempo pascal.[96] Onde não haja a cerimônia do Batismo nem se deva benzer a água batismal, a memória do Batismo é feita na bênção da água que depois servirá para aspergir o povo.[97]

89. Em seguida tem lugar a renovação das promessas batismais, introduzida com uma palavra do celebrante. Os fiéis, de pé e com as velas acesas na mão, respondem às interrogações.

Depois eles são aspergidos com a água: desse modo, gestos e palavras recordam-lhes o Batismo recebido. O sacerdote celebrante asperge o povo passando pela nave da igreja, enquanto todos cantam a antífona Vidi aquam ou outro cântico de caráter batismal.[98]

90. A celebração da Eucaristia forma a quarta parte da vigília e o seu ápice, sendo de modo pleno o sacramento da Páscoa, ou seja, memorial do sacrifício da cruz e presença de Cristo ressuscitado, consumação da iniciação cristã e antegozo da Páscoa eterna.

91. Recomenda-se não celebrar apressadamente a liturgia eucarística; é muito conveniente que todos os ritos e as palavras que os acompanham alcancem toda a sua força expressiva: a oração universal, mediante a qual os neófitos participam pela primeira vez como fiéis e exercem o seu sacerdócio real[99]; a procissão do ofertório, com a participação dos neófitos, se estiverem presentes; a oração eucarística primeira, segunda ou terceira, possivelmente cantada, com os seus embolismos próprios[100]; a comunhão eucarística, que é o momento da plena participação no mistério celebrado. Durante a Comunhão é oportuno’ cantar o Salmo 117, com a antífona Cristo, nossa Páscoa, ou o Salmo 33, com a antífona Aleluia, Aleluia, Aleluia, ou outro cântico de júbilo Pascal.

92. É muito desejável que na comunhão da vigília Pascal se alcance a plenitude do sinal eucarístico, recebido sob as espécies do pão e do vinho. O ordinário do lugar julgue sobre a oportunidade desta concessão e das suas modalidades.[101]

- Algumas advertências pastorais

93. A liturgia da vigília Pascal seja realizada de modo a poder oferecer ao povo cristão a riqueza dos ritos e das orações; é importante que seja respeitada a verdade dos sinais, se favoreça a participação dos fiéis e seja assegurada a presença de ministros, leitores e cantores.

94. É desejável que, segundo as circunstâncias, seja prevista a reunião de diversas comunidades numa mesma igreja, quando, por razão da proximidade das igrejas ou do reduzido número de participantes, não se possa ter uma celebração completa e festiva. Favoreça-se a participação de grupos particulares na celebração da vigília Pascal, na qual todos os fiéis, formando uma única assembléia, possam experimentar de modo mais profundo o sentido de pertença à mesma comunidade eclesial.

Os fiéis que, por motivo das férias, estão ausentes da própria paróquia sejam convidados participar na celebração litúrgica no lugar onde se encontram.

95. Ao anunciar a vigília Pascal, evite-se apresentá-la como o último ato do Sábado Santo. Diga-se antes que a vigília Pascal se celebra “na noite da Páscoa” e como um único ato de culto. Recomenda-se encarecidamente aos pastores insistir na formação dos fiéis sobre a importância de se participar em toda a vigília Pascal.[102]

96. Para poder celebrar a vigília Pascal com o máximo proveito, convém que os próprios pastores adquiram um conhecimento melhor tanto dos textos como dos ritos, a fim de poderem dar uma mistagogia que seja autêntica.

B) O dia da Páscoa

97. A missa do dia da Páscoa deve ser celebrada com grande solenidade. Em lugar do ato penitencial, é muito conveniente fazer a aspersão com a água benzida durante a celebração da vigília. Durante a aspersão, pode-se cantar a antífona Vidi aquam ou outro cântico de caráter batismal. Com essa mesma água convém encher os recipientes (vasos, pias) que se encontram à entrada da igreja,

98. Conserve-se, onde ainda está em vigor, ou, segundo a oportunidade, instaure-se a tradição de celebrar as vésperas batismais do dia da Páscoa, durante as quais ao canto dos salmos se faz a procissão à fonte,[103]

99. O círio Pascal, colocado junto do ambão ou perto do altar, permaneça aceso ao menos em todas as celebrações litúrgicas mais solenes deste tempo, tanto na missa como nas laudes e vésperas, até ao domingo de Pentecostes, Depois, o círio é conservado bom a devida honra no batistério, para acender nele os círios dos neo-batizados. Na celebração das exéquias o círio pascal seja colocado junto do féretro, para indicar que a morte é para o cristão a sua verdadeira Páscoa.
Fora do tempo da Páscoa não se acenda o círio Pascal nem seja conservado no presbitério.[104]
______________________
Notas:
[75] Cf. Missal Romano, Sábado Santo; cf. Símbolo dos Apóstolos; 1Pd 3, 19.
[76] Cf. “Princípios e Normas para a Liturgia das Horas”, n. 210.
[77] Missal Romano, Sábado Santo.
[78] S. Congr. dos Ritos, Decr. Maxima redemptionis nostrae mysteria, 16.11.1955, n. 2, AAS 47 (1955) 843.
[79] Ex 12, 42.
[80] Sto. Agostinho, Sermo 219, PL 38, 1088.
[81] Caeremoniale Episcoporum. n. 332.
[82] Ibid., n. 332; Missal Romano, Vigilia pascal, n. 3.
[83] S. Congr. dos Ritos, Instrução Eucharisticum mysterium, 25.5.1967, n. 28, AAS 59 (1967) 556-557.
[84] Missal Romano, Vigília Pascal, n. 19, Proclamação da Páscoa.
[85] Cf. Conc. VAT. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 6; cf. Rm 6, 3-6; Et 2, 5-6; Cl 2, 12-13; 2Tm 2, 11-12.
[86] “Illam noctem agimus vigilando quia Dominus resurrexit et illam vitam. ubi nec mors ulla nec somnus est, in sua carne nobis inchoavit; quam sic excitavit a mortuis ut iam non moriatur nec mors ei ultra dominetur. Proinde cui resurgenti paulo diuius vigilando concinimus, praestabit ut cum illosine fine vivendo regnemus”: Sto. Agostinho, Sermo Guelferbytan. 5, 4: PLS 2. 552.
[87] Cf. Missal Romano, Vigília Pascal, n. 2.
[88] Cf. Ibid., n. 10-12.
[89] Cf. ibid., n. 17.
[90] Lc 24, 27; cf. Lc 24, 44-45.
[91] Cf. Missal Romano, Vigília Pascal, n. 21.
[92] Cf. ibid. n. 23.
[93] Cf. Caeremoniale Episcoporum. n. 352.
[94] Cf. At 4, 11-12; Mt 21, 42; Mc 12, 10; Lc 20, 17.
[95] Cf. Rito do Batismo das Crianças, n. 6.
[96] Cf. Missal Romano, Vigília Pascal, n. 48.
[97] Cf. ibid., n. 45.
[98] Cf. ibid., n. 47.
[99] Cf. ibid., n. 49; Rito da iniciação cristã dos adultos, n. 36.
[100] Cf. Missal Romano, Vigília Pascal, n. 53; ibid., Missas Rituais, 3: para o Batismo.
[101] Cf. Missal Romano, “Princípios e Normas para o uso do Missal Romano”, n. 240-242.
[102] Cf. Conc. VAT. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 56.
[103] Cf. “Princípios e Normas para a Liturgia das Horas”, n. 213.
[104] Cf. Missal Romano, Domingo de Pentecostes, rubrica final: Rito do batismo das crianças, Iniciação cristã, Normas gerais n. 25.

Fonte: Presbíteros
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