quinta-feira, 30 de junho de 2011

Depoimentos - 1º Aniversário do Blog

Depoimento de Wendel Leal, coordenador paroquial dos Servidores do Altar da Paróquia Santo Inácio de Loyola e Coordenador da Região Episcopal São Vicente de Paulo.

É uma alegria muito grande ver o "Ministrare et dare animam suam" completar seu 1° aniversário. Este meio de comunicação que a Coordenação Arquidiocesana dos Servidores do Altar promove, sem sombra de dúvida, nos faz estar mais situados nos acontecimentos de nossa igreja particular e universal, assim como nos mostra os acontecimentos históricos de nossa tão amada Arquidiocese. Como coordenador da Paróquia  Santo Inácio de Loyola, agradeço ao blog por divulgar as matérias enviadas ao mesmo relacionadas a nossa paróquia. Isso mostra que este blog não é uma criação feita apenas para o Conselho Arquidocesano, mas sim para todos os nossos grupos paroquiais de nossa arquidiocese, assim como para toda a Igreja. Parabéns a todos que colaboram com esta grande ferramenta de comunicação de formação litúrgica entre nós Servidores do Altar que é este blog. Que nós como fiéis Servos do Altar possamo ver no mesmo uma maneira de visualizar as nossas atividades dentro de nossas Igreja e que está cada dia mais visível e assim possamos participar mais dele através de postagens dos acontecimentos relacionados aos Servidores do Altar de nossas Paróquias.
Que São Tarcísio continue sempre orando e intercedendo por este blog e por todos nós Servidores do Altar.

Novos Arcebispos brasileiros

.: O Pálio :.

O pálio entregue aos arcebispos tem estes significados sugestivos: um laço estreito de união com o Papa, Pastor universal visível do rebanho, e de fidelidade ao seu Magistério na Igreja. Foi Pedro, de fato, que recebeu de Jesus o encargo de 'apascentar minhas ovelhas'.
O pálio ainda é sinal do encargo pastoral entregue aos bispos; Jesus Cristo associa a si, neste suave jugo, os pastores postos à frente de cada uma das Igrejas particulares. É um ‘peso de amor’, também dito ‘ofício de caridade’ (amoris officium), que os bispos devem exercer em nome de Cristo.
O pálio é um sinal distintivo da responsabilidade própria do arcebispo metropolita no âmbito de sua província eclesiástica, na qual ele poderá usá-lo durante as celebrações da Liturgia. De fato, o Direito da Igreja reserva algumas funções próprias ao arcebispo metropolita, em função da unidade da fé e da viabilização da disciplina eclesiástica.
Quando um arcebispo é transferido para outra arquidiocese, ele recebe novamente o pálio, conforme prescreve o cânon 473 § 3 do Código de Direito Canônico. “Como o pálio indica o poder de que está revestido o metropolita na própria província, trocando de província, recebe novo pálio, para identificar o poder naquela província nova”, 
Sobre o uso do pálio, diz o cânon 437 § 2º do código de direito canônico: “De acordo com as leis litúrgicas, o metropolita pode usar o pálio em qualquer igreja da província eclesiástica a que preside, mas não fora desta, nem mesmo com o consentimento do bispo diocesano”.

Tu es Petrus et super hanc petram aedificabo ecclesiam meam...


.: Novos Arcebispos :.


Dom Pedro Brito Guimarães
Arcebispo de Palmas


Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil


Dom Jacinto Bergmann
Arcebispo de Pelotas


Dom Hélio Adelar Rubert
Arcebispo de Santa Maria


Dom Pedro Ercílio Simon
Arcebispo de Passo Fundo


Dom Dimas Lara Barbosa
Arcebispo de Campo Grande


Dom Sérgio da Rocha
Arcebispo de Brasília


Texto [original]: Sua Exc. Revmª. Dom Hugo Cavalcanti
Fotos: Fotografia Felici

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo - Colunas centrais da Igreja

Bento XVI presidiu a celebração eucarística na Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, na Basílica de São Pedro, na manhã desta quarta-feira. O Papa está completando também hoje, 60 anos de vida sacerdotal. Em sua homilia o Santo Padre frisou:
"Passados sessenta anos da minha Ordenação Sacerdotal, sinto ainda ressoar no meu íntimo estas palavras de Jesus, que o nosso grande Arcebispo, o Cardeal Faulhaber, com voz um pouco debilitada, mas firme, nos dirigiu, a nós novos sacerdotes, no final da cerimônia de Ordenação. Segundo o ordenamento litúrgico daquele tempo, esta proclamação significava então a explícita concessão aos novos sacerdotes do mandato de perdoar os pecados. «Já não sois servos, mas amigos»: eu sabia e sentia que esta não era, naquele momento, apenas uma frase de cerimônia; e que era mais do que uma mera citação da Sagrada Escritura. Ele me chama de amigo. Acolhe-me no círculo daqueles que receberam a sua palavra no Cenáculo; no círculo daqueles que Ele conhece de modo muito particular e que chegam assim a conhecê-Lo de modo peculiar".
Bento XVI frisou que na frase "Já não sois servos, mas amigos" se encerra todo o programa da vida sacerdotal. O que é a verdadeira amizade? A amizade é uma comunhão do pensar e do querer. O Senhor não se cansa de nos dizer a mesma coisa: «Conheço os meus e os meus me conhecem». O Pastor chama os seus pelo nome. Ele me conhece pelo nome" – sublinhou Bento XVI.
Jesus doou a sua vida por nós. "Senhor, ajudai-me a conhecer-Vos cada vez melhor! Ajudai-me a identificar-me cada vez mais com a vossa vontade! Ajudai-me a viver a minha existência, não para mim mesmo, mas a vivê-la juntamente convoco para os outros! Ajudai-me a tornar-me sempre mais vosso amigo" – disse ainda o Papa.
As palavras de Jesus sobre a amizade, "Já não sois servos, mas amigos", "situa-se no contexto do discurso sobre a videira. O Senhor nos exorta a superar as fronteiras do ambiente onde vivemos e levar ao mundo o Evangelho, para que permeie tudo e, assim, o mundo se abra ao Reino de Deus. Isto pode trazer-nos à memória que o próprio Deus saiu de Si, abandonou a sua glória, para vir à nossa procura e trazer-nos a sua luz e o seu amor. Queremos seguir Deus que Se põe a caminho, vencendo a preguiça de permanecer cômodos em nós mesmos, para que Ele mesmo possa entrar no mundo" – destacou o pontífice.
No final da homilia o Papa saudou o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, e a delegação por ele enviada para a Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.
O Santo Padre saudou também os novos arcebispos que receberam o Pálio entre eles os 7 novos arcebispos brasileiros e explicou os significados do Pálio, um deles é a comunhão dos Pastores da Igreja com Pedro e seus sucessores. "Devemos ser pastores para a unidade e na unidade" – concluiu o Papa.
Algumas fotos da belíssima cerimônia realizada na manhã desta quarta-feira na Basílica Vaticana:


Tu es Petrus et super hanc petram aedificabo ecclesiam meam...



Durante toda a Santa Missa, os cantos entoados pelo coro, foram todos escolhidos a dedo pelo próprio aniversariante e tais hinos foram extraídos da Missa do Papa Marcelo II, e como já era de se esperar são hinos magníficos uma verdadeira obra prima e que nas vozes do coro da Capella Sistina deram mais brilho a Celebração Litúrgica.

Segundo antiquíssima tradição durante o Glória e o Credo o celebrante e a assembléia sentam-se enquanto o coro entoa, e foi o que podemos notar durante a Celebração desta manhã na Basílica Vaticana. 

Ad multus annus Santo Padre!











A Santa Missa encerrou com o magnifico Hallelujah de Handel e com o toque alegre das Trombas D'Argento.


Fonte: Catholic Press Photo

As mídias sociais a serviço da Formação e Informação Cristã


Caríssimos colegas, irmãos e irmãs. Paz e Bem!

Muito me alegra participar desta semana de comemoração de um ano de criação do blog “Ministrare et dare animam suam”, o blog dos Servidores do Altar da Arquidiocese de Belém.
Como estudante de curso técnico de comunicação social e apaixonado como sou por tal meio, fiquei feliz em ser lembrado, para compartilhar com todos minhas singelas opiniões sobre o uso dos meios de comunicação na nossa amada Igreja.
Pra início de conversa, é bom passearmos um pouco na história da comunicação da Igreja, devido ser um tema amplo, vou me restringir à comunicação na Arquidiocese de Belém...
Em meados de 1913, foi fundado pelo padre barnabita, Florence Dubois, a Voz de Nazaré, que a princípio, seria um jornal informativo vinculado à Basílica e Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré. Tudo estava indo muito bem, até que o oitavo Arcebispo, Dom Vicente Joaquim Zico, cria em 14 de Dezembro a Fundação Rádio Nazaré, porém é só em Maio de 1996 que a Rádio Nazaré, depois de reconhecida e munida do direito de ir ao ar, é inaugurada e começa a evangelizar pelas ondas sonoras. Resumindo tudo, depois em 2000 vem a TV Nazaré, e em 2003, Dom Vicente traz para Fundação Nazaré o jornal Voz de Nazaré que era antes somente da Basílica. Sendo assim, hoje se analisarmos, nossa Arquidiocese é referência em todo o Brasil no que diz respeito à comunicação social.
Mas vamos ao que interessa... Depois dessa viagem ao tempo, com o intuito de obter conhecimento sobre a Igreja de Belém e a Comunicação, chegamos ao século XXI, onde é perceptível a Revolução tecnológica que o mundo passa. Correios, retratos, sms's, computadores, já não estão mais na moda... Tudo passa a ser por e-mail, msn, orkut, facebook, twitter, etc.
E aí lhe pergunto, poderia a Igreja “parar no tempo”?! A Igreja, esposa de Cristo, não poderia deixar de fazer o que seu esposo faria se fisicamente estivesse na terra.
Fico imaginando Jesus usando nossas mídias, falando de Deus por twetts e recados. Mas a Esposa sabe agradar seu esposo, e assim usa dos meios atuais para a evangelização, e a Igreja vê nesses meios tanta importância, que na Solenidade da Ascensão do Senhor, é também comemorado o Dia Mundial das Comunicações Sociais.
Hoje nossa Arquidiocese tem um site, alguns movimentos, paróquias, grupos, também. Porém acho que no ramo de formação religiosa, o “Ministrare et darem animam suam” é referência pra muitos!
É cada vez mais comum vermos (arqui) dioceses, congregações religiosas, comunidades de vida e aliança se fazerem presentes nesta aldeia global, porém não é tão comum vermos blog's dos Servidores do Altar, principalmente voltados para a formação e informação destes.
Vejo que o Conselho Arquidiocesano é muito feliz em promover esta comunicação. Nesta semana festiva, sem dúvida, brota no peito de cada um deles a gratidão a Deus e aos fiéis Servidores do Altar desta porção do povo de Deus, na Arquidiocese de Belém-PA.
Sei também do esforço que eles tem para manter este canal. Me sinto feliz em muitas vezes ajudar também no que posso.
Enfim, nesse festejo de um ano de Criação deste prodigioso blog, quero exaltar primeiramente ao Senhor, porque sei que essa obra é fruto do repouso de seu Espírito sobre aqueles que o idealizaram. Depois saúdo com grande carinho, aos que zelam por esse blog, e digo que sempre procurem ser referencial a todos os Servidores do Altar do Brasil e do mundo, mas para isso é preciso responsabilidade para saber serem instrumentos da Voz do Senhor através deste blog.


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Autor: Leonardo Lopes Monteiro - Acadêmico de Ciências da Religião, Estudante de Comunicação Social, Servidor do Altar e coordenador dos grupo de Coroinhas, na Paróquia Coração Eucarístico de Jesus (Região São João Batista)

Homilia do Papa Bento XVI na Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo

Amados irmãos e irmãs!

«Non iam servos, sed amicos» - «Já não vos chamo servos, mas amigos» (cf. Jo 15, 15). Passados sessenta anos da minha Ordenação Sacerdotal, sinto ainda ressoar no meu íntimo estas palavras de Jesus, que o nosso grande Arcebispo, o Cardeal Faulhaber, com voz um pouco débil já mas firme, nos dirigiu, a nós novos sacerdotes, no final da cerimónia da Ordenação. Segundo o ordenamento litúrgico daquele tempo, esta proclamação significava então a explícita concessão aos novos sacerdotes do mandato de perdoar os pecados. «Já não sois servos, mas amigos»: eu sabia e sentia que esta não era, naquele momento, apenas uma frase «de cerimónia»; e que era mais do que uma mera citação da Sagrada Escritura. Estava certo disto: neste momento, Ele mesmo, o Senhor, di-la a mim de modo muito pessoal. No Baptismo e na Confirmação, Ele já nos atraíra a Si, acolhera-nos na família de Deus. Mas o que estava a acontecer naquele momento, ainda era algo mais. Ele chama-me amigo. Acolhe-me no círculo daqueles que receberam a sua palavra no Cenáculo; no círculo daqueles que Ele conhece de um modo muito particular e que chegam assim a conhecê-Lo de modo particular. Concede-me a faculdade, que quase amedronta, de fazer aquilo que só Ele, o Filho de Deus, pode legitimamente dizer e fazer: Eu te perdoo os teus pecados. Ele quer que eu – por seu mandato – possa pronunciar com o seu «Eu» uma palavra que não é meramente palavra mas acção que produz uma mudança no mais íntimo do ser. Sei que, por detrás de tais palavras, está a sua Paixão por nossa causa e em nosso favor. Sei que o perdão tem o seu preço: na sua Paixão, Ele desceu até ao fundo tenebroso e sórdido do nosso pecado. Desceu até à noite da nossa culpa, e só assim esta pode ser transformada. E, através do mandato de perdoar, Ele permite-me lançar um olhar ao abismo do homem e à grandeza do seu padecer por nós, homens, que me deixa intuir a grandeza do seu amor. Diz-me Ele em confidência: «Já não és servo, mas amigo». Ele confia-me as palavras da Consagração na Eucaristia. Ele considera-me capaz de anunciar a sua Palavra, de explicá-la rectamente e de a levar aos homens de hoje. Ele entrega-Se a mim. «Já não sois servos, mas amigos»: trata-se de uma afirmação que gera uma grande alegria interior mas ao mesmo tempo, na sua grandeza, pode fazer-nos sentir ao longo dos decénios calafrios com todas as experiências da própria fraqueza e da sua bondade inexaurível.
«Já não sois servos, mas amigos»: nesta frase está encerrado o programa inteiro duma vida sacerdotal. O que é verdadeiramente a amizade? Idem velle, idem nolle – querer as mesmas coisas e não querer as mesmas coisas: diziam os antigos. A amizade é uma comunhão do pensar e do querer. O Senhor não se cansa de nos dizer a mesma coisa: «Conheço os meus e os meus conhecem-Me» (cf. Jo 10, 14). O Pastor chama os seus pelo nome (cf. Jo 10, 3). Ele conhece-me por nome. Não sou um ser anónimo qualquer, na infinidade do universo. Conhece-me de modo muito pessoal. E eu? Conheço-O a Ele? A amizade que Ele me dedica pode apenas traduzir-se em que também eu O procure conhecer cada vez melhor; que eu, na Escritura, nos Sacramentos, no encontro da oração, na comunhão dos Santos, nas pessoas que se aproximam de mim mandadas por Ele, procure conhecer sempre mais a Ele próprio. A amizade não é apenas conhecimento; é sobretudo comunhão do querer. Significa que a minha vontade cresce rumo ao «sim» da adesão à d’Ele. De facto, a sua vontade não é uma vontade externa e alheia a mim mesmo, à qual mais ou menos voluntariamente me submeto ou então nem sequer me submeto. Não! Na amizade, a minha vontade, crescendo, une-se à d’Ele: a sua vontade torna-se a minha, e é precisamente assim que me torno de verdade eu mesmo. Além da comunhão de pensamento e de vontade, o Senhor menciona um terceiro e novo elemento: Ele dá a sua vida por nós (cf. Jo 15, 13; 10, 15). Senhor, ajudai-me a conhecer-Vos cada vez melhor! Ajudai-me a identificar-me cada vez mais com a vossa vontade! Ajudai-me a viver a minha existência, não para mim mesmo, mas a vivê-la juntamente convoco para os outros! Ajudai-me a tornar-me sempre mais vosso amigo!
Esta palavra de Jesus sobre a amizade situa-se no contexto do discurso sobre a videira. O Senhor relaciona a imagem da videira com uma tarefa dada aos discípulos: «Eu vos destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça» (Jo 15, 16). A primeira tarefa dada aos discípulos, aos amigos, é pôr-se a caminho – destinei, para que vades –, sair de si mesmos e ir ao encontro dos outros. A par desta, podemos ouvir também a frase que o Ressuscitado dirige aos seus e que aparece na conclusão do Evangelho de Mateus: «Ide fazer discípulos de todas as nações…» (cf. Mt 28, 19). O Senhor exorta-nos a superar as fronteiras do ambiente onde vivemos e levar ao mundo dos outros o Evangelho, para que permeie tudo e, assim, o mundo se abra ao Reino de Deus. Isto pode trazer-nos à memória que o próprio Deus saiu de Si, abandonou a sua glória, para vir à nossa procura e trazer-nos a sua luz e o seu amor. Queremos seguir Deus que Se põe a caminho, vencendo a preguiça de permanecer cómodos em nós mesmos, para que Ele mesmo possa entrar no mundo.
Depois da palavra sobre o pôr-se a caminho, Jesus continua: dai fruto, um fruto que permaneça! Que fruto espera Ele de nós? Qual é o fruto que permanece? Sabemos que o fruto da videira são as uvas, com as quais depois se prepara o vinho. Por agora detenhamo-nos sobre esta imagem. Para que as uvas possam amadurecer e tornar-se boas, é preciso o sol mas também a chuva, o dia e a noite. Para que dêem um vinho de qualidade, precisam de ser pisadas, há que aguardar com paciência a fermentação, tem-se de seguir com cuidadosa atenção os processos de maturação. Características do vinho de qualidade são não só a suavidade, mas também a riqueza das tonalidades, o variegado aroma que se desenvolveu nos processos da maturação e da fermentação. E por acaso não constitui já tudo isto uma imagem da vida humana e, de modo muito particular, da nossa vida de sacerdotes? Precisamos do sol e da chuva, da serenidade e da dificuldade, das fases de purificação e de prova mas também dos tempos de caminho radioso com o Evangelho. Num olhar de retrospectiva, podemos agradecer a Deus por ambas as coisas: pelas dificuldades e pelas alegrias, pela horas escuras e pelas horas felizes. Em ambas reconhecemos a presença contínua do seu amor, que incessantemente nos conduz e sustenta.
Agora, porém, devemos interrogar-nos: de que género é o fruto que o Senhor espera de nós? O vinho é imagem do amor: este é o verdadeiro fruto que permanece, aquele que Deus quer de nós. Mas não esqueçamos que, no Antigo Testamento, o vinho que se espera das uvas boas é sobretudo imagem da justiça, que se desenvolve numa vida segundo a lei de Deus. E não digamos que esta é uma visão veterotestamentária, já superada. Não! Isto permanece sempre verdadeiro. O autêntico conteúdo da Lei, a sua summa, é o amor a Deus e ao próximo. Este duplo amor, porém, não é qualquer coisa simplesmente doce; traz consigo o peso da paciência, da humildade, da maturação na educação e assimilação da nossa vontade à vontade de Deus, à vontade de Jesus Cristo, o Amigo. Só deste modo, tornando verdadeiro e recto todo o nosso ser, é que o amor se torna também verdadeiro, só assim é um fruto maduro. A sua exigência intrínseca, ou seja, a fidelidade a Cristo e à sua Igreja, requer sempre que se realize também no sofrimento. É precisamente assim que cresce a verdadeira alegria. No fundo, a essência do amor, do verdadeiro fruto, corresponde à palavra relativa ao pôr-se a caminho, ao ir: amor significa abandonar-se, dar-se; leva consigo o sinal da cruz. Neste contexto, disse uma vez Gregório Magno: Se tendeis para Deus, tende cuidado que não O alcanceis sozinhos (cf. H Ev 1, 6, 6: PL76, 1097s). Trata-se de uma advertência que nós, sacerdotes, devemos ter intimamente presente cada dia.
Queridos amigos, talvez me tenha demorado demasiado com a recordação interior dos sessenta anos do meu ministério sacerdotal. Agora é tempo de pensar àquilo que é próprio deste momento.
Na solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, antes de mais nada dirijo a minha mais cordial saudação ao Patriarca Ecuménico Bartolomeu I e à Delegação por ele enviada, cuja aprazível visita na ocasião feliz da festa dos Santos Apóstolos Padroeiros de Roma, vivamente agradeço. Saúdo também os Senhores Cardeais, os Irmãos no Episcopado, os Senhores Embaixadores e as autoridades civis, como também os sacerdotes, os colegas da minha Missa Nova, os religiosos e os fiéis leigos. A todos agradeço a presença e a oração.
Aos Arcebispos Metropolitanos nomeados depois da última festa dos grandes Apóstolos, será agora imposto o pálio. Este, que significa? Pode recordar-nos em primeiro lugar o jugo suave de Cristo que nos é colocado aos ombros (cf. Mt 11, 29-30). O jugo de Cristo coincide com a sua amizade. É um jugo de amizade e, consequentemente, um «jugo suave», mas por isso mesmo também um jugo que exige e plasma. É o jugo da sua vontade, que é uma vontade de verdade e de amor. Assim, para nós, é sobretudo o jugo de introduzir outros na amizade com Cristo e de estar à disposição dos outros, de cuidarmos deles como Pastores. E assim chegamos a um novo significado do pálio: este é tecido com a lã de cordeiros, que são benzidos na festa de Santa Inês. Deste modo recorda-nos o Pastor que Se tornou, Ele mesmo, Cordeiro por nosso amor. Recorda-nos Cristo que Se pôs a caminho pelos montes e descampados, aonde o seu cordeiro – a humanidade – se extraviara. Recorda-nos como Ele pôs o cordeiro, ou seja, a humanidade – a mim – aos seus ombros, para me trazer de regresso a casa. E assim nos recorda que, como Pastores ao seu serviço, devemos também nós carregar os outros, pô-los por assim dizer aos nossos ombros e levá-los a Cristo. Recorda-nos que podemos ser Pastores do seu rebanho, que continua sempre a ser d’Ele e não se torna nosso. Por fim, o pálio significa também, de modo muito concreto, a comunhão dos Pastores da Igreja com Pedro e com os seus sucessores: significa que devemos ser Pastores para a unidade e na unidade, e que só na unidade, de que Pedro é símbolo, guiamos verdadeiramente para Cristo.
Sessenta anos de ministério sacerdotal! Queridos amigos, talvez me tenha demorado demais nos pormenores. Mas, nesta hora, senti-me impelido a olhar para aquilo que caracterizou estes decénios. Senti-me impelido a dizer-vos – a todos os presbíteros e Bispos, mas também aos fiéis da Igreja – uma palavra de esperança e encorajamento; uma palavra, amadurecida na experiência, sobre o facto que o Senhor é bom. Mas esta é sobretudo uma hora de gratidão: gratidão ao Senhor pela amizade que me concedeu e que deseja conceder a todos nós. Gratidão às pessoas que me formaram e acompanharam. E, subjacente a tudo isto, a oração para que um dia o Senhor na sua bondade nos acolha e faça contemplar a sua glória. Amen.

Fonte: Sala de Imprensa da Santa sé [original em Italiano]

60º aniversário de ordenação sacerdotal de Joseph Ratzinger - Papa Bento XVI

Hoje, 29 de junho de 2011, Sua Santidade o Papa Bento XVI comemora seus 60 anos de ordenação sacerdotal e para celebrar esta data tão especial a Congregação para o clero convida todos os católicos do mundo inteiro para comemorar este magnífico aniversário com 60 horas de oração eucarística pelas vocações e pela santificação do clero.

Imagem da lembrança da ordenação sacerdotal de Joseph Ratzinger
(Foto: Liverto da Missa de imposição do Santo Pálio 2011)
No dia 29 de junho de 1951, festa dos santos Apóstolos Pedro e Paulo, Joseph Ratzinger, juntamente com o irmão mais velho, Georg, e outros quarenta candidatos, recebeu a ordenação sacerdotal. O dia de verão era esplêndido, a cerimônia teve lugar na catedral de Freising, na Alemanha. Presidiu-a o Cardeal Faulhaber, opositor do nazismo e autor do primeiro esboço da encíclica de Pio XIMit brennender Sorge, que, em março de 1937, tinha condenado as teorias de Hitler.
Quando chegou a vez do jovem Joseph Ratzinger se ajoelhar diante do velho purpurado, aconteceu algo. “Não se deve ser supersticioso – escreverá Ratzinger em sua autobiografia – mas no momento em que o ancião arcebispo impôs as mãos sobre mim, um passarinho, talvez uma andorinha, voou sobre o altar mor da catedral e entoou um breve e alegre canto; para mim foi como se uma voz do alto me dissesse: está bem assim, estás no caminho certo”.

Juravit Dominus, et non paenitebit eum. Tu es sacerdos in aeternum, secundum ordinem Melchisedech.

Viva o Santo Padre o Papa Bento XVI!
Glóriosamente Reinante!

Arcebispos brasileiros que irão receber o Santo Pálio

Ordem segundo a data de nomeação:

1. Dom Pedro Brito Guimarães
Arcebispo de Palmas
nomeado em 20 outubro 2010
57 anos

2. Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia
nomeado em 12 janeiro 2011
67 anos

3. Dom Jacinto Bergmann
Arcebispo de Pelotas
nomeado em 13 abril 2011
quando da elevação de Pelotas à Arquidiocese
59 anos

4. Dom Hélio Adelar Rubert
Arcebispo de Santa Maria
nomeado em 13 abril 2011
quando da elevação de Santa Maria à Arquidiocese
66 anos

5. Dom Pedro Ercílio Simon
Arcebispo de Passo Fundo
nomeado em 13 abril 2011
quando da elevação de Passo Fundo à Arquidiocese
69 anos

6. Dom Dimas Lara Barbosa
Arcebispo de Campo Grande
nomeado em 04 maio 2011
55 anos

7. Dom Sérgio da Rocha
Arcebispo de Brasília
nomeado em 15 junho 2011
51 anos

Ao total, serão 45 pálios abençoados pelo Santo Padre. Quarenta serão impostos amanhã, e cinco serão recebidos na Sede Metropolitana daqueles que não poderão estar presentes: Mons. Johannes Maria Trilaksyanta Pujasumarta, Arcebispo de Semarang (Indonésia); Mons. Guire Poulard, Arcebispo de Port-au-Prince (Haiti); Mons. John Barwa, S.V.D., Arcebispo de Cuttack-Bhubaneshwar (Índia); Mons. Lewis Zeigler, Arcebispo de Monrovia (Libéria); e Mons. Pascal N´koué, Arcebispo de Parakou (Benin).

Cerimônia de imposição na Missa dos Santos Apóstolos
29 junho 2010

Como reza a tradição, os pálios, cuja lã foi abençoada pelo Santo Padre no dia de Santa Inês, encontram-se no túmulo da Confissão de São Pedro desde o dia de São João Batista, aquele que mostrou o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e que deve ser, ainda mais, aos arcebispos que recebem o pálio o modelo perfeito do Bom Pastor.

Fonte: Direto da Sacristia

Saiu no "Direto da Sacristia"

O IV Encontro Arquidiocesano dos Servidores do Altar, foi divulgado no blog "Direto da Sacristia", um dos melhores blogs católico do Brasil, visite lá e deixe seu comentário!

Confira a matéria aqui

terça-feira, 28 de junho de 2011

Novo portal da Santa Sé


Clique na imagem para acessar o novo portal

Amanhã (29), Solenidade de São Pedro e São Paulo, o Santo Padre com um clique irá inaugurar o novo portal de comunicação do Vaticano, com muito mais informação e o melhor de tudo informações atualizadas em tempo real, esse novo portal está sendo aguardado a meses principalmente pelos blogueiros do mundo inteiro, pois facilitará e muito a divulgação dos boletins diários da Santa Sé.

Depoimentos - 1º Aniversário do Blog

Depoimento de Leonardo Branco - Coordenador paróquial dos Servidores do Altar da Paróquia São Lucas Evangelista - Região Episcopal São Vicente de Paulo


Entre as diversas emissoras de comunicação de nossa capital paraense podemos destacar uma que retrata diariamente a vida pastoral da nossa Igreja particular de Belém, que é a nossa Fundação Nazaré de Comunicação (TV, Radio, Jornal e Portal), e ostenta em seu titulo o nome da padroeira da Cidade e da Arquidiocese. A fundação Nazaré de Comunicação retrata a vida pastoral de vários grupos, serviços e movimentos das diversas paróquias de nossa Arquidiocese e entre eles as atividades pastorais dos Servidores do Altar que se fazem presente nas diversas paróquias da Arquidiocese de Belém.
Vale ressaltar que os Servidores do Altar de nossa arquidiocese, e esses grupos paroquiais são formados em sua maioria por jovens e adolescentes e juntos formam um número significativo, aproximadamente mais de 2000 (dois mil). Um movimento tão forte e importante dentro das igrejas (Paróquias, Capelanias Militares, Capelas, etc...), e por ser tão significativo em 2007 adquiriu um acompanhamento arquidiocesano e logo se formou o Conselho Arquidiocesano dos Servidores do Altar, que atualmente promove inúmeras atividades e encontros a nível arquidiocesano com o objetivo de promover o enriquecimento litúrgico e uma maior unidade entre todos os Servidores do Altar desta Igreja particular.
Sistematicamente o Conselho sentiu a necessidade de se ter um espaço virtual onde todos poderiam trocar experiências, conhecer as demais paróquias e respectivamente seus grupos de Servidores do Altar além de ficar por dentro das noticias que são de interesse de todos os Servidores do Altar de nossa Arquidiocese. Essa necessidade foi suprida através da criação de uma pagina na internet chamada de micro blog, que levou o nome de "Ministrare et dare animam suam" que quer dizer "Servir e dar a Sua vida".
Esta semana em que o blog completa o seu 1º ano de criação e sucesso, e tal sucesso pode ser comprovado em suas estatísticas. O blog já foi visitado por internautas de vários lugares do Brasil e do mundo, possui um grande acervo de formação litúrgica e é pioneiro na divulgação da historia da Arquidiocese com a postagem "Um pouco da historia de nossa Arquidiocese". O blog é dinâmico e através de suas ferramentas, abre um espaço a todos os grupos de coroinhas da arquidiocese com a serie de postagens "Conhecendo nossos Grupos Paroquiais", possibilitando aos Servidores do Altar e a todos os visitantes uma maior integração e conhecimento sobre os demais grupos de coroinhas de nossa Arquidiocese.
A Paróquia São Lucas Evangelista através do grupo dos coroinhas, agradece o trabalho feito pelos administradores do blog e parabeniza o blog e a todos os seus colaboradores!
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