sexta-feira, 10 de junho de 2011

Voz de Nazaré

Apresentamos uma pergunta feita ao Reverendo Monsenhor Raimundo Possidônio, publicada no jonal Voz de Nazaré da Arquidiocese de Belém.

Pergunta: Por que em dias de solenidade, padres e bispos usam as vestimentas tão diferentes e brilhosas? Não seria um contratestemunho de pobreza e humildade? (Por: Cristina Cesário - Terra Firme, Belém).

Resposta: Cristina, caríssima, as vestes litúrgicas ou paramentos expressam nas celebrações o sentido de revestir-se de Cristo, da sua autoridade e do seu serviço. Os ministros revestem-se de Cristo para exercer seu ofício, sua função, e nisso se manifesta também a variedade das vestes: representam a diversidade dos ministérios. As cores devem visar manifestar o caráter dos mistérios celebrados, conforme desenrolar do ano litúrgico; convém que as vestes litúrgicas contribuam para a beleza da ação sagrada. "A beleza e a nobreza das vestes decorra do tecido e da forma; se houver ornatos, sejam figuras ou símbolos que indiquem o uso sagrado. E sejam simples, mas belos. Deve-se excluir tudo que não serve para o culto sagrado". (Missal Romano 344). Nessas orientações podemos perceber que a Igreja deseja que tudo que se realize nas celebrações manifeste o Mistério, o Sagrado, também as vestes, de modo que nada obscureça ou desvie o seu sentido. O exagero nas apresentações: paramentos, vasos litúrgicos, ornamentações... às vezes só serve para confundir os fiéis. Cito um exemplo: quando alguém diz: "Que toalha esplendorosa!" (pelo requinte dos brocados e coloridos) significa que ela não está vendo o essencial que é o altar que é Cristo; a toalha do altar deveria ser branca, sempre, e nunca esconder o altar que deve ter uma visibilidade total. Tudo o que é usado nas celebrações deve ser verdadeiramente digno, belo e decoroso.

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