segunda-feira, 6 de junho de 2011

Paramentos Litúrgicos I: A Vimpa

Hoje damos início a uma série de matérias e vamos primeiramente falar sobre os Paramentos Litúrgicos de antiquíssima tradição da Igreja que são usados na nossa Sagrada Liturgia, porém não sabemos muito o seu significado ou muitas das vezes  não é dada a devida importância. Espero que gostem e façam seus comentários e dêem a sua opinião. Tenham todos uma ótima leitura!
Sendo um paramento litúrgico usado em muitas dioceses do mundo, incluindo Roma, a Vimpa é uma pequena capa que serve para portar as insígnias episcopais enquanto o bispo não as está endossando. Semelhante ao véu-umeral, menor e menos enfeitada, é usada geralmente em par, ou seja, um pelo mitrífero e outro pelo baculífero. Suas cores variam conforme a cor litúrgica da cerimônia. Além do significado de respeito com as insígnias episcopais, as vimpas possuem um lado prático que é evitar que o suor das mãos dos Servidores do Altar suje ou danifique as insígnias. Vejamos alguns exemplos do uso deste paramento:

Nesta primeira foto, vemos atrás de Dom Alberto dois Servidores do Altar portando vimpas brancas.


Na foto, da celebração do Domingo Laetare, vemos à direita, do Cardeal Mauro Piacenza, o mitrifero portando a vimpa branca. Ele a usará para segurar a mitra do Celebrante.


Nesta outra cerimônia, ao lado do cerimoniário pontifício, vemos o mitrífero com uma vimpa branca, portando a Mitra do Santo Padre.



Missa da Ceia do Senhor na Basílica de São João de Latrão.

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Nesta foto, vemos atrás do Santo Padre, um acólitos portando a vimpa de cor roxa.


Domingo de Ramos, os acólitos portando vimpas vermelhas, acompanhando a cor litúrgica.


Na Celebração do Domingo de Ramos, o acólito durante a narrativa da paixão, portando a vimpa de cor vermelha e segurando a férula papal.


O uso das vimpas na forma extraordinária do Rito Romano - Pontifical Solene presidido por Sua Excelência Reverendíssima Dom Alberto Taveira - acólito segurando a Mitra durante a consagração.

Embora, em algumas dioceses o librífero usa vimpa ao portar o missal e ao apresentá-lo ao celebrante. Tal prática é desaconselhável, pois sugere que o missal possui a mesma dignidade das insígnias o que é inverdade, ademais, ao segurar o missal com as mãos envoltas no tecido, corre-se o risco de cobrir parte do texto, amassar a folha ou até mesmo rasgá-la. Existem casos, inclusive, em que as vimpas foram substituídas por luvas, sob o pretexto de que as vimpas se confundem com o véu-umeral. Todavia esqueceu-se que as vimpas fazem parte do conjunto de paramentos, conservados pela tradição e que as luvas, durante a história da Igreja, foi sempre um privilégio episcopal (que não se estendia nem aos abades). Tais luvas são, portanto, uma imitação descontextualizada das luvas pontificais e substitutas impróprias das vimpas; sendo, portanto, desaconselhável tal uso.
Como podemos observar, as vimpas constituem um exemplo dos muitos paramentos que, além de terem o seu significado litúrgico, são extremamente funcionais. Elas apresentam a dignidade do bispo pelo modo como se segura suas insígnias: não são tocadas diretamente. É, sem dúvida alguma, uma pena que não sejam usadas em muitas missas pontificais: não apenas pela falta de zelo em portar à mitra ou o báculo, sujando-os com o suor das mãos, mas pela abdicação de uma parte do tesouro litúrgico da Igreja Católica.

Fonte: Blog "Zelus domus tuae comedit me"
Revisão e atualização (fotos) : Blog "Ministrare et dare animam suam"

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