segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Roma se prepara para a Beatificação do Servo de Deus João Paulo II

Com a proximidade da cerimônia de beatificação do Servo de Deus João Paulo II, estima-se que 2 milhões de pessoas façam-se presentes na sobre dita Cerimônia. A Casa Pontifícia crê que a Praça de São Pedro não será capaz de conter todos os fiéis que virão à Santa Missa, pois, se no funeral os fiéis estavam atrás do Castel Santangelo, ou seja, fora dos confins vaticanos, imagina-se que para a beatificação a assembleia seja muito maior. O Ofício das Celebrações Pontifícias do Sumo Pontífice diz ser impossível a cerimônia acontecer no território da Cidade do Vaticano, e cogita em dois locais na cidade de Roma: o Estádio Olímpico ou na Universidade Tor Vergata, contudo, são assuntos a serem decididos em breve. Também pensa-se em oficiar uma vigília com o Papa Bento XVI. No dia que antecede  a Cerimônia de Beatificação, as passagens para voos com destino Roma já encontram-se esgotadas.
Altar de São Sebastião
onde será venerado o futuro Beato
Na Basílica de São Pedro, os preparativos já começaram para as cerimônias que antecedem a Beatificação do Servo de Deus João Paulo II, como o translado da urna contendo o corpo do Beato Inocêncio XI para o altar da Transfiguração, pois em seu lugar na capela de São Sebastião será colocado o ataúde contendo os restos mortais do futuro beato. Ele não será aberto, dado o curto tempo transcorrido entre a morte e a beatificação. A visita ao túmulo nas Grutas Vaticanas redobrou depois da notícia do reconhecimento do milagre, como também o número de bilhetes e mensagens deixadas diante do mármore branco que encerra o túmulo de João Paulo II. 
 Altar da Transfiguração do Senhor
onde estará o corpo do Beato Inocêncio XI
 
Com tanta agitação, dedicação e afluência de povo ao túmulo do futuro beato, cogita-se que o chamarão João Paulo Magno, por seus feitos eclesiásticos: canonizações, beatificações, anos santos jubilares, encíclicas, exortações apostólicas, mottu proprio e tantos atos ordinários e extraordinários no seu magistério petrino. Rezemos também nós a ele, sob cujo pontificado somos nascidos e vivemos a experiência eclesial de sermos filhos da Igreja de Cristo, onde em todos os tempos resplandece a santidade de seus membros, fruto da santidade de Cristo com a qual a Igreja é chamada a iluminar o mundo.

Fonte: Direto da Sacristia

O atual Mestre de Cerimônias do Sumo Pontífice, Mons. Guido Marini - Parte III


Hoje é um dia mais que especial para Mons. Guido Marini, pois ele completa seus 46 anos de vida e boa parte dela dedicada a Igreja, por isso nessa data especial vamos conhecer uma pouco da trajetória eclesiástica do Grande Monsenhor Guido Marini, e sua carreira eclesiástica até se tornar o Grande Magistri Caeremoniarum.
O Reverendo Monsenhor Guido Marini nasceu em Gênova na Itália, aos 31 de janeiro de 1965. Depois de terminar o colegial, entrou no Seminário de Gênova, onde ele recebeu seu Bacharelado em Divindade. 
Foi ordenado sacerdote 04 de fevereiro de 1989, em seguida, obteve seu doutorado em Roma “In utroque Iure” na Pontifícia Universidade Lateranense e, em 2007, obteve a licenciatura em Psicologia da Comunicação na Pontifícia Universidade Salesiana. 
De 1988 a 2003 foi secretário dos arcebispos de Gênova, o Cardeal Giovanni Cestas (1988 - 1995), o Cardeal Dionigi Tettamanzi (1995 - 2002) e do Cardeal Tarcisio Bertone (2002 – 2003). 
Foi Cerimôniário do Cardeal Tettamanzi, do Cardeal Bertone e do Arcebispo Dom Bagnasco, tendo um cuidado especial na preparação dos livros litúrgicos e na organização do Collegium Laurentianum, uma associação de voluntários para manter a ordem e o acolhimento na Catedral de Gênova. 
De 2003 a 2005, foi diretor da Comissão Arquidiocesana para a Educação Religiosa nas Escolas Católicas da Arquidiocese de Gênova. 
De 1996 a 2001, foi membro do Conselho de Presbíteros da Arquidiocese de Gênova. Foi também nomeado chanceler do Arcebispado em 2005. 
Desde 1992, Mons. Guido ensinou direito canônico na Agência de Gênova da Faculdade Teológica da Itália Setentrional e no Instituto Superior de Ciências Religiosas, ministrando também o curso de Teologia dos Ministérios. 
Em 2002, foi nomeado cônego da Catedral de San Lorenzo, na qual em 2003 ele exerceu o ofício de prefeito do Cabido. Desde 2004, ele também serviu a Igreja de Gênova como diretor espiritual do Seminário Arquidiocesano. 
Mons. Guido Marine publicou inúmeros livros e artigos em revistas sobre espiritualidade. Ele exerceu o seu ministério especialmente no contexto da pregação, da direção espiritual, da supervisão de grupos de jovens e diretor espiritual das associações de mulheres religiosas. 
Em 1º de outubro de 2007, o Papa Bento XVI nomeou-o Mestre das Celebrações Litúrgicas em substituição a Dom Piero Marini, atualmente presidente do Pontifício Comitê para os Congressos Eucarísticos Internacionais, após a outorga do título de Prelado de Honra de Sua Santidade. A primeira celebração papal organizada por Guido Marini foi à Oração pelos Pontífices Falecidos, nas Grutas do Vaticano, em 02 de novembro de 2007, durante a Comemoração dos Fiéis Defuntos. 
Cerimônia em comemoração dos Fiéis Defuntos - 2007
Segundo alguns vaticanistas a troca teria sido articulada entre o Papa e o Cardeal Tarcísio Bertone (Secretário de Estado da Santa Sé), para colocar no posto um clérigo mais afinado com linha litúrgica mais tradicional ao modo do papa atual. 
Mons. Guido Marini e Mons. Konrad Krajewski, conversando com alguns seminaristas.

Leia também:
O Departamento das Celebrações do Sumo Pontífice – Parte I
O Mestre das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice – Parte II
O atual Mestre de Cerimônias do Sumo Pontífice, Mons. Guido Marini – Parte III
O Grande Magistri Caeremoniarum Enrico Dante – Parte IV
Os Cerimoniários Pontifícios e suas funções – Parte V
Os atuais Cerimoniários Pontifícios – Parte VI
_______________________________________________ 
Elaboração: Cassio Pessoa
Revisão: Mário Ribeiro 
Fotos: Arquivo pessoal, Fotografia Felici e L'Osservatore Romano
Fontes da pesquisa: Cattolici Romani e site oficial da Santa Sé

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Um Pouco da História de Nossa Arquidiocese - Estátua de D. Frei Caetano Brandão


Quem de nós nunca se pôs a contemplar a Estátua de D. Frei Caetano Brandão? A contemplar a perfeição de sua feitura e a força em seus traços ao abençoar nossa Igreja-Mãe. Eu já me pus e julgo não ser o único, por isso, preparei este texto em vista daqueles que por vezes já se depararam com ela, e aqueles que ainda não a viram, possam saber um pouco mais deste monumento que com certeza é um pouco da história de nossa Arquidiocese.

Na sessão do Conselho Municipal de 21 de março de 1899, o conselheiro Dr. Lyra Castro, enviou a mesa a proposta da ereção de uma escultura em vista de homenagear D. Frei Caetano Brandão. Depois de aprovada, foi com todas as formalidades legais publicada sob o número 54 pelo Sen. Antônio José de Lemos, intendente municipal. O intendente contratou o ilustre pintor De Angelis, a 24 de março incumbindo-lhe a feitura da estátua e tudo mais que lhe fosse concernente, sob o valor de 50 mil francos.

Largo da Sé, antes da reforma e urbanização.
Por outro lado, embora o desenho da estátua tenha sido de De Angelis, os trabalhos do monumento não puderam ser por ele ultimados, pois havia adoecido gravemente em uma viagem que fez a cidade de Manaus, doença esta que o levou morte. O pintor Giovanni Caprenesi, amigo e sócio de De Angelis, continuou a obra esboçada, cuja execução foi confiada ao escultor E. Quatrini. O desenho definitivo do monumento foi feito pelo arquiteto G. Pognetti, e a fundição efetuou-se na casa Bastianelli, em Roma.

O monumento representa o bispo com as vestimentas solenes, de mitra, báculo e capa pluvial adornada em alto relevo, nesta observa-se no apêndice o brasão dos franciscanos (OFM), ordem a qual pertencia este insigne prelado. O bispo está na atitude de quem abençoa, fitando a velha catedral que se ergue a direita, em cuja nave tantas vez ressonou a sua inspirada palavra a pregar a sã doutrina.

Monumento na época de sua inauguração
A escultura é fundida em alumínio e bronze, com a altura de 2 metros e 75 centímetros, e pesando uma tonelada e 860 quilogramas. O pedestal e a escadaria em que eu se assenta medem 4 metros e 13 centímetros de altura. Nas quatro faces do monumento, em mármore de carrara polido estão gravadas as palavras:

À Memória
De D. Frei Caetano Brandão
O Municipio de Belém
1900
Resolução do Conselho Municipal
Número 54
De 24 de Março
De 1889
Nasceu
Em 11 de Setembro de 1740
Nomeado
Bispo do Pará em 1782
Arcebispo de Braga em 1787
15 de Dezembro de 1805
Inauguração do Hospital
Da Santa Casa
De Misericórdia
Em 25 de Julho
De 1787

A Inauguração do monumento foi feita pelo Sen. Antônio José de Lemos, aos 15 dias do mês de Agosto de 1900, sendo governador do estado o Dr. José Paes de Carvalho.


Largo da Sé após o processo de urbanização, passando a chamar-se Praça D. Frei Caetano Brandão.
Fontes:

RAMOS, Alberto Gaudêncio. Cronologia Eclesiástica do Pará. Belém: Editora Falângola, 1985.
Albúm de Belém-Pará. Belém: Edição F. A . Fidanza, 1902.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Mestre das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice - Parte II


Dando continuidade ao nosso estudo sobre os Mestres de Cerimônias do Sumo Pontífice, vamos conhecer hoje um pouco mais dos ofícios do Mestre das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice. 
O Mestre das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice, tem o ofício de zelar e preparar as celebrações litúrgicas presididas pelo Santo Padre nas Basílicas Papais Romanas, nas visitas às paróquias da Diocese de Roma, nas visitas pastorais no território italiano e nas viagens apostólicas ao redor do mundo. Cabe também ao Mestre de Cerimônias, o zelo pela Sacristia Pontifícia e Capelas do Palácio Apostólico (Capela Sistina, Capela Paulina e Capela Redemptoris Mater). É o oficial encarregado pelo Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice. De acordo com a Constituição Apostólica Pastor Bonus do Venerável João Paulo II (art. 182), o Magistri Caeremoniarum é nomeado diretamente pelo Romano Pontífice por um período mínimo de cinco anos podendo ser reconfirmado no cargo. 
Durante a vacância da Sé Apostólica o Mestre de Cerimônias do Papa não perde seu oficio, sendo que por mandato do Colégio Cardinalício é o responsável pela preparação da Cerimônia de Identificação da morte do Sumo Pontífice (realizada pelo Cardeal Decano ou pelo Carmelengo da Santa Igreja), e pelas várias celebrações fúnebres - exposição do corpo no Palácio Apostólico, traslado para a Basílica de São Pedro, missa de exéquias, sepultamento e as Missas em Sufrágio da Alma do Sumo Pontífice de acordo com o que está estabelecido no documento Ordo Exsequiaram Romani Pontifici. Também prepara e faz a leitura pública da “Escritura” - Testamentos espirituais escrito em vida pelo Romano Pontífice. 

Preparativos para o Sepultamento do Papa João Paulo II
Dom Piero Marine (Mestre de Cerimônias Pontifício) e Dom Stanislaw Dziwisz (Secretário Pessoal de João Paulo II)
O Mestre de Cerimônias do Papa é o único não membro do Colégio Cardinalício que entra no recinto do Conclave (Capela Sistina), sendo responsável pelo bom andamento da eleição do novo Sumo Pontífice. Revestido da qualidade de notário (uma espécie de secretário do conclave), registra em documento oficial toda a eleição do novo Papa e o nome que ele usará durante todo o seu pontificado. 
Ata da Eleição do Venerável Pio XII, feita pelo Mestre de Cerimônias Mons. Carlo Respighi no ano de 1939: 

ACTUS ACCEPTATIONIS SUMMI PONTIFICATUS 
In nomine Domini. Amen. 
Ego Carolus Respighi, Protonotarius Apostolicus et Sanctae Sedis Caeremoniarum Praefectus ex officio rogatus, attestor et omnibus notum facio Eminentissimum et Reverendissimum Dominum EUGENIUM tituli Ss. Ioannis et Pauli S. R. E. Presbyterum Cardinalem PACELLI, S. R. E. Camerarium, acceptasse electionem canonice de Se factam in Summum Pontificem, Sibique nomen imposuisse « Pium Duodecimum », ut de hoc publica quaecumque, instrumenta confici possint. 
Acta haec sunt in Conclavi in Palatio Apostolico Vaticano, post obitum fel. rec. Pii PP. XI, bac die secunda mensis martii anno Domini MCMXXXIX, testibus adhibitis atque rogatis, Excmo Dno Vincentio Santoro, Sacri Collegii Secretario et Rmis DD. Aloysio Capotosti et Henrico Dante, consociis meis, Apostolicarum Caeremoniarum Magistris. 
VINCENTIUS SANTOKO, a Secretis S. Collegii. 
Aloysius Capotosti, Apost. Caerem. Magister, testis. 
Henricus Dante, Apost. Caerem. Magister, testis. 

Ego Carolus Respighi, Protonotarius Apostolicus, Sanctae Sedis 
Caeremon. Praefectus, rogavi. 
O Magistri Caeremoniarum enquanto exerce seu ofício assistindo ao Papa nas celebrações por ele presididas, usa tradicionalmente a batina violácea e sobrepeliz. Já nos ritos após a morte do Papa e durante o Conclave, veste o conjunto do hábito talar correspondente ao seu grau de Ordem. 

Abaixo, os últimos prelados que exerceram a função de Mestre de Cerimônias do Sumo Pontífice: 

1918 – 1947 – Mons. Carlo Respighi (Nomeado Protonotário Apostólico pelo Papa Pio XI) 

1947 – 1965 – Cardeal Enrico Dante (Criado Cardeal-Presbítero pelo Papa Paulo VI) 

1967 – 1970 – Mons. Anníbale Bugnini (Ordenado Bispo Pelo Papa Paulo VI - 1972) 

Após a saída do Mons. Enrico Dante da Prefeitura de Cerimônias, em razão de sua criação como cardeal, não houve de imediato um novo prefeito, pois a Igreja se encontrava em meio ao processo de reforma litúrgica após a publicação da Constituição Apostólica Sacrosanctum Concilium e a reforma da corte papal elaborado por Paulo VI. O Papa então, nomeou apenas um "comissário" para manter interinamente a Prefeitura e para iniciar a reforma do cerimonial papal. O cargo de Comissário foi confiado ao Mons. Annibale Bugnini, C.M., então secretário do Consilium ad exsequendam Constitutionem de Sacra Liturgia, mas não dirigiu pessoalmente as celebrações papais, pois confiou as orientações ao Cerimoniário Pontifício Mons. Salvatore Capoferri, e posteriormente ao Cerimoniário Pontifício Mons. Adonis Terziarol

Mons. Salvatore Capoferri ao lado direito do Papa Paulo VI

Mons. Adonis Traziarol ao lado esquerdo do Papa Paulo VI

1970 – 1982 – Cardeal Virgilio Noè (Criado Cardeal-Diácono pelo Papa João Paulo II e anos depois elevado a Cardeal-Presbítero) 
1982 – 1987 – Dom John Magee (Ordenado Bispo pelo Papa João Paulo II - 1987) 

1987 – 2007 – Dom Piero Marini (Ordenado Bispo pelo Papa João Paulo II - 1998) 
2007 – Atual - Mons. Guido Marini (Nomeado Mestre de Cerimônia pelo Papa Bento XVI) 


Leia também:
O Departamento das Celebrações do Sumo Pontífice – Parte I
O Mestre das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice – Parte II
O atual Mestre de Cerimônias do Sumo Pontífice, Mons. Guido Marini – Parte III
O Grande Magistri Caeremoniarum Enrico Dante – Parte IV
Os Cerimoniários Pontifícios e suas funções – 
Parte V
Os atuais Cerimoniários Pontifícios – 
Parte VI
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Elaboração: Cassio Pessoa
Revisão: Mário Ribeiro 
Fontes da pesquisa: Cattolici Romani, Wapedia e site oficial da Santa Sé

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Calendário das celebrações Litúrgicas presididas pelo Santo Padre Bento XVI

A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou ontem, segunda-feira, o calendário de celebrações litúrgicas que o Papa Bento XVI presidirá entre fevereiro e abril deste ano, entre as quais se encontram as celebrações da Quaresma e da Semana Santa.

No dia 2 de fevereiro, quarta-feira, o Papa presidirá às Vésperas com os membros de institutos de vida consagrada e de sociedades de vida apostólica por ocasião do Dia da Vida Consagrada na Festa da Apresentação do Senhor.

Já no dia 5 de fevereiro, Bento XVI presidirá às 10h, (hora de Roma) na Basílica de São Pedro a celebração Eucarística e o rito da ordenação episcopal.

Na segunda-feira, 21 de fevereiro na Sala do Consistório às 12h preside o Consistório para a aprovação de alguns decretos de canonização.

No dia 9 de março, Quarta-feira de Cinza, o Papa presidirá às 16h30, a tradicional procissão penitencial da Basílica de São Anselmo até a Basílica de Santa Sabina onde celebrará a Santa Missa, com a imposição das cinzas.

No domingo dia 13 de março, às 18h, presidirá na Capela Redemptoris Mater o início dos exercícios espirituais para a Cúria Romana. No sábado, 19 de março na mesma capela concluem-se os exercícios.

No domingo 20 de março às 9h presidirá a Santa Missa e o rito de dedicação da nova Paróquia romana de San Corbiniano all'Infernetto.

No dia 17 de abril, às 09h30, Domingo de Ramos, presidirá a bênção das Palmas, a procissão e a Santa Missa na Praça de São Pedro.

No dia 21 de abril, Quinta-feira Santa, na Basílica de São Pedro às 9h30 o Papa preside da Santa Missa do crisma, às 17h30, na Basílica de São João de Latrão presidirá a Missa “in caena Domini”, no início do Santo Tríduo Pascal

Na sexta-feira 22 de abril, Sexta-feira Santa, presidirá na Basílica de São Pedro a Celebração da Paixão do Senhor às 17h, e às 21:15, a Via Crucis no Coliseu de Roma.

No sábado 23 de abril, Sábado Santo, presidirá às 21h a Vigília Pascal na Noite Santa.

No domingo 24 de abril, Domingo da Ressurreição, na Praça de São Pedro às 10h15 presidirá a Santa Missa e às 12h a Bênção "Urbi et Orbi" (para a cidade e o mundo).

Fonte: Radio Vaticano

Convite - Criação de nova Paróquia e Posse do 1º Pároco

Convidamos a todos, em particular os servidores do Altar, para a Missa Solene na qual ocorrerá a Cerimônia de Ereção Canônica da Paróquia São José (Doca) e Posse de seu primeiro Pároco - Pe. Wiremberg José.
Pe. Berg, comumente como é conhecido por todos, há mais de 02 anos exerce na Arquidiocese de Belém a função de Diretor Espiritual dos Servidores do Altar. A Missa será presidida por Dom Alberto Taveira, nosso Arcebispo Metropolitano e ocorrerá:
  • Dia: 30/01/2011 (Domingo)
  • Horário: 19 horas
  • Local: Comunidade São José - Rua Domingos Marreiros, nº 104 entre Av. Visconde de Souza Franco (Doca) e Av. Almirante Wandenkolk.
Contamos com a presença de todos os servidores do Altar nesse momento tão importante para a Igreja de Belém e para o nosso Diretor Espiritual Arquidiocesano!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Guarda Suíça Pontifícia Celebra seus 505 anos de fundação

No sábado passado (22 de janeiro), a Guarda Suíça Pontifícia completou seus 505 anos de fundação. 
Figuras emblemáticas para todos que passam pelos portões do Vaticano, vendo-os impecáveis em seus uniformes coloridos, os guardas suíços tornaram-se um dos símbolos desse Estado. 
Era 22 de janeiro de 1506 quando os primeiros 150 soldados suíços chegaram a Roma, chamados pelo Papa Julio II, por terem larga reputação de guerreiros destemidos. Nesse ano, foi fundada a Guarda Suíça. 
Outra data que passou para a história desse Corpo Pontifício, sendo relembrada como heróica e trágica, foi 6 de maio de 1527, quando as tropas protestantes de Carlos V, imperador da Alemanha e rei de Aragão e Castela, invadiram e saquearam Roma. Os 12 mil homens do imperador levaram a luta às portas da residência papal, mas os 147 homens do Papa resistiram por horas e conseguiram levar Clemente VII e os cardeais ao Castelo Santo Ângelo, colocando-os a salvo. Fizeram isso escoltando-os através do “passetto di Borgo”, que são grandes muros, com uma passagem protegida entre eles, que ligam o Vaticano ao Castelo. Relembrando esse episódio, os novos guardas suíços prestam juramento de fidelidade ao Pontífice, todos os anos, em 6 de maio. 


A Guarda Suíça é o menor e mais antigo exército do mundo e foi celebrado, no sábado, com uma missa, na Igreja de Santa Maria em Campo Santo, e com uma parada, na Praça São Pedro, ornada com bandeira, banda de música e alabardeiros.
 - Liturgia da Palavra -
 - Ofertório -
 - Comunhão -
 - Parada na Praça São Pedro -
 - Cerimônia Solene após a Santa Missa -
- Em destaque de vermelho o Alabardeiro -

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Fotos: L'Osservatores Romano
Texto: Radio Vaticana 

O Departamento das Celebrações do Sumo Pontífice - Parte I


Iniciamos hoje uma série de matérias em 6 capítulos, que irá ser postado duas vezes por semana, nas segundas-feiras e quartas-feiras durante três semanas, sobre os Mestres de Cerimônias do Sumo Pontífice; seu surgimento na hierarquia da Igreja e suas funções na Cúria Romana; os grandes Mestres de cerimônias; e o corpo de cerimoniários do Sumo Pontífice e a sua atual estrutura.

O Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice é o órgão responsável pela preparação das celebrações litúrgicas e outras celebrações sagradas conforme prescreve a Contituição Apostólica Pastor Bonus que fala sobre o Departamento das Celebrações Litúrgicas no seguinte artigo: 
Art. 182. 
§ 1. Compete a este Departamento preparar tudo quanto é necessário para as celebrações litúrgicas e outras sagradas celebrações, que são realizadas pelo Sumo Pontífice ou em seu nome, e dirigi-las segundo as vigentes prescrições do direito litúrgico. 
§ 2. O Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias é nomeado pelo Sumo Pontífice por cinco anos; os cerimoniários pontifícios, que o coadjuvam nas sagradas celebrações, são igualmente nomeados pelo Secretário de Estado pelo mesmo período. 
Segundo um artigo publicado por Dom Piero Marini intitulado “O Magistri Cæremoniarum”, a figura do Magister (ou Antistes ou Praefectus) Cæremoniarum Apostolicarum é atestada com segurança desde o ano 710, com o surgimento em Roma de um coordenador perito em matéria litúrgica, que tinha a responsabilidade de liderar e ensinar os vários ritos litúrgicos aos novos sacerdotes. Séculos mais tarde, a figura do Magistri Cæremoniarum cresceu em importância e fama, e os papas começaram a também regular do ponto de vista legal as suas respectivas atividades, pois antes não existia um Cæremoniarum próprio nomeado por direito e sim, uma pessoa que era chamada para exercer aquela função ad hoc, visto que antes do Concilio Vaticano II o Santo Padre presidia somente duas missas publicas ao ano. Já com a regulamentação desta função, o Cerimoniário do Papa passa a ser nomeado pelo próprio Pontífice (como veremos na próxima matéria), e surge então, a Prefeitura de Cerimônias. 

Em 1967 teve inicio a reforma da Corte Papal ou Cúria Romana, e alguns anos depois com a reforma litúrgica (1970), feita pelo Papa Paulo VI que na ocasião revisou todo o regulamento da Prefeitura de Cerimônias, sendo aprovado um novo regulamento dando mais importância ao Gabinete de Cerimônias do Sumo Pontífice, que passa a ser chamada de: Oficio das Cerimônias Pontifícias, tendo como presidente o Mestre de Cerimônias do Sumo Pontífice e assistido pelos Cerimoniários Pontifícios. 
O artigo “O Magistri Cæremoniarum”, publicado por Dom Piero Marine, fala do crescimento significativo das celebrações litúrgicas presididas pelo Papa e a importância do Mestre de Cerimônias que passa a ter um papel fundamental na reforma liturgia pós conciliar. 
Após a reforma do Concílio Vaticano II, o Instituto de cerimônias do Papa passa a ter uma importância maior no campo da pastoral litúrgica, pois a celebração presidida pelo Papa cresceu de modo significativo em números de celebrações e houve inúmeras mudanças no rito, portanto as Cerimônias do Papa passaram a ser uma referência para a implementação da reforma litúrgica de acordo com as normas do Concílio. 
Já em 1988, o Venerável João Paulo II, através da já citada Constituição Apostólica Pastor Bonus, fez uma grande reforma em todo o Oficio das Cerimônias Pontifícias, onde o então Gabinete tornou-se um Departamento Oficial da Cúria Romana, por direito próprio, tendo a sua autonomia, incluindo legislação e competências próprias, passando a se chamar como conhecemos hoje de: Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice

A atual estrutura hierárquica do Departamento das Celebrações Litúrgicas dos Sumo Pontífice, constitui-se na seguinte ordem: 

- O Mestre das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice 
- Os Cerimoniários Pontifícios 
- Os Oficiais do Escritório (Funcionários) 
- Os Oficiais da Sacristia Apostólica 
- Os Consultores 



Leia também:
O Departamento das Celebrações do Sumo Pontífice – Parte I
O Mestre das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice – Parte II
O atual Mestre de Cerimônias do Sumo Pontífice, Mons. Guido Marini – Parte III
O Grande Magistri Caeremoniarum Enrico Dante – Parte IV
Os Cerimoniários Pontifícios e suas funções – 
Parte V
Os atuais Cerimoniários Pontifícios – 
Parte VI
__________________________________________________ 
Elaboração: Cassio Pessoa 
Revisão: Mário Ribeiro 
Fontes da pesquisa: Cattolici Romani; Site oficial da Santa Sé; Artigo de Dom Piero Marini “O Magistri Cæremoniarum” e Constituição Apostólica Pastor Bonus

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Apresentação dos dois cordeiros cuja lã servirá para confeccionar os Pálios Sagrados

A Igreja celebra nesta sexta-feira a memória litúrgica de Santa Inês. Como em todos os anos nessa data, realizou-se esta manhã o tradicional rito de apresentação ao Papa de dois cordeiros, abençoados precedentemente na Basílica situada na Rua Merulana, dedicada à virgem e mártir romana. A breve cerimônia realizou-se, como de costume, na Capela dedicada a Urbano VIII, na residência apostólica.
Os cordeiros foram lavados e preparados pelas irmãs da Sagrada Família de Nazaré. A lã extraída dos cordeiros servirá para confeccionar os pálios sagrados – as insígnias honoríficas que serão entregues pelo Pontífice aos novos arcebispos metropolitanos no dia 29 de junho próximo, solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo. Há quase 130 anos as referidas irmãs confeccionam os Pálios Sagrados.
O pálio é uma faixa de lã branca com seis cruzes pretas de seda aplicadas: é uma insígnia de honra e de jurisdição, símbolo do laço particular que une os arcebispos metropolitanos ao Sucessor de Pedro. Trata-se de uma tradição que tem suas raízes no martírio de Santa Inês, adolescente romana, martirizada durante a perseguição de Décio ou de Diocleciano, entre os Sécs. III e IV, por ter testemunhado Cristo num período em que muitos fiéis renegavam a fé para salvar a própria vida. 
Inês, com apenas doze anos, não renegou Jesus e, por isso, teve a garganta cortada com uma espada – modo como se matavam os cordeiros. Por isso, na iconografia Santa Inês é sempre representada com um cordeiro, símbolo de Cristo crucificado para a salvação da humanidade.
Na liturgia de hoje somos recordados de que Deus escolhe "os pequenos e humildes para confundir os grandes", convidando-nos a rezar por intercessão de Santa Inês a fim de que possamos "imitar a sua heróica constância na fé".








Fonte: L'Osservatore Romano e Radio Vaticana

Paróquia São Francisco das Ilhas - Cotijuba, faz crescer a evangelização nas Ilhas de Belém

Com tempo bom são quarenta minutos de barco até lá. Ou quase 25 km de distância saindo de Belém. É a ilha de Cotijuba, distrito de Outeiro, uma das 38 ilhas que justificam o título "Belém, cidade das águas". Logo na chegada os visitantes são lembrados da história que marcava a ilha. As ruínas do "Educandário Nogueira de Faria" recordam os estigmas de ilha presídio, para onde eram enviados menores infratores e presos políticos. Agora é diferente e será mais ainda, especialmente após o domingo (16), dia em que todos foram convidados a entender que "onde se acha o Espírito do Senhor aí existe a liberdade" (2Cor 3,17). A data foi marcada pela criação e instalação da mais uma Paróquia da Arquidiocese de Belém, a Paróquia de São Francisco das Ilhas.
Chegada de Dom Alberto

As ruínas do "Educandário Nogueira de Faria"


São Francisco das Ilhas será, ao lado da Paróquia de Nossa Senhora de Conceição das Ilhas, responsável por ser a presença viva da Igreja nas ilhas de Belém. O novo pároco será o padre José Reinaldo Ferreira, um mineiro, recentemente ordenado pelo Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa. O vigário paroquial será o padre José Edmundo Santiago. "A vida nos dá uma nova missão, acredito que a gente tem que estar firme, Deus tem que nos capacitar. Vamos estar sempre unidos ao povo de Cotijuba, eu e Padre José Edmundo, estaremos aqui a serviço da Arquidiocese de Belém, para poder realizar o trabalho de evangelização. Acredito que para administrar uma vida de paróquia nova necessitamos da ajuda das pessoas ao nosso redor. Sei que em uma realidade nova, muitas vezes não é fácil, mas Deus nos capacita, nos encoraja e nos fortalece", explica o novo pároco padre José Reinaldo.


Para o Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, a nova paróquia traz maior abrangência para a evangelização. "A Paróquia São Francisco de Assis das Ilhas é resultado da sensibilidade pastoral, especialmente do padre Jonas e do Padre Luiz que estavam responsáveis por todas as ilhas, e eles mostraram a Arquidiocese, a região pastoral São João Batista e ao Arcebispo a necessidade vinda da dimensão missionária que eles vivem com muita intensidade de que aqui se criasse mais uma paróquia". O Arcebispo explica ainda que a intenção é ser presença em todas as ilhas. "Depois de eu ter visitado todas as 38 ilhas da Arquidiocese para conhecer a realidade, o povo, a situação pastoral, hoje nós temos essa alegria de instalar a nova paróquia. Teremos então duas paróquias para as ilhas com quatro sacerdotes totalmente dedicados a ação pastoral nessas duas paróquias e em cada uma das ilhas. Se Deus quiser será possível na nossa Arquidiocese que todas as ilhas tenham um atendimento praticamente todos os meses. Eu desejo que essa Paróquia de São Francisco das Ilhas realize a sua missão de ser casa de Deus".

ACOLHIDA

A celebração solene de criação e instalação da paróquia e de posse do novo pároco, padre José Reinaldo Ferreira, e do novo vigário paroquial, padre José Edmundo Santiago, reuniu fiéis não apenas de Cotijuba, onde fica a Igreja Matriz, mas de todas as comunidades que farão parte da nova Paróquia. Pessoas como a paroquiana Graça da Silva (54), da Comunidade de Santa Luzia, a dona de casa, levava um cartaz agradecendo pela chegada dos novos padres e pela presença de Dom Alberto Taveira Corrêa. "A nova Paróquia vai trazer muitos benefícios porque tudo aqui é difícil, agora sendo Paróquia as outras comunidades terão mais apoio. Isso vai nos unir cada vez mais, com nossos padres aqui eles falarão por nós", revela.
Durante a homilia o Arcebispo de Belém lembrou que o sonho de ser Paróquia começou nos moradores. "A Paróquia é a casa de Deus em um determinado lugar, é construída com muitas mãos, com muitos corações, é feita de sonhos e o desejo de uma presença mais estável da Igreja, que há muito tempo existe no coração dos moradores das ilhas, foi o primeiro material que Deus usou na construção da Paróquia". Dom Alberto fez questão de enfatizar que a Paróquia é feita essencialmente de pessoas. "Todos que estamos aqui somos pedras vivas na construção da Igreja, que junto com os padres, farão a vida paroquial. Os padres vão formar a Paróquia em três direções, para ser comunidade de fé, de oração e de amor. Vocês têm que chegar aqui e descobrir nessa paróquia pessoas que encontrem o Evangelho e se convertam. A Paróquia tem que fazer as pessoas irem atraz de Jesus".
E se depender da comunidade a missão está aceita. "Para nós ser Paróquia é um sonho que está se tornando realidade, foram muitos anos de trabalho, de luta, começamos com pequenos passos. No que depender do povo católico nós estamos empenhados, já sentamos, já conversamos, os padres terão todo o nosso apoio, dentro das nossas possibilidades, das nossas condições, não vai faltar apoio", garante Maria Iracema Carvalho, paroquiana que a quinze anos atua na comunidade.



Fonte: Voz de Nazaré
Fotos: Arquivo pessoal
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