Padroeiro - São Tarcísio pertencia à comunidade cristã de Roma. Ele foi coroinha no século III depois de Cristo. Por conta da perseguição do imperador Valeriano, muitos cristãos estavam sendo presos e condenados à morte. Para manter viva a fé em Cristo Eucarístico, os bispos buscavam estratégias para comungar a hóstia consagrada.O papa Sisto II teve como alternativa o acólito Tarcísio. Com cerca de 12 anos, ele se ofereceu dizendo estar pronto para a tarefa e disposto a morrer a entregar as sagradas hóstias aos pagãos. Diante disso, o papa entregou a ele uma caixinha de prata com as hóstias, que deviam servir como conforto aos próximos mártires. No meio do caminho de Tarcísio apareceram rapazes que notaram seu estranho comportamento e começaram a indagar o que trazia, já suspeitando de algum segredo dos cristãos. Ele, porém, negou-se a responder, o que levou os pagãos a baterem nele e o apedrejarem até a morte segurando ao peito a hóstia consagrada.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Coroinhas saem em romaria
Cerca de 500 [1000] jovens foram caminhando da Igreja dos Capuchinhos até a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré
Coroinhas da Arquidiocese Metropolitana de Belém homenagearam ontem o seu padroeiro: São Tarcísio. Uma procissão com cerca de 500 [1000] jovens saiu da Paróquia de São Francisco de Assis (Capuchinhos), localizada na avenida Conselheiro Furtado, e seguiu até a Basílica de Nazaré, onde foi celebrada uma missa pelo bispo auxiliar, dom Teodoro Mendes Tavares. Este foi o quinto ano do evento, promovido para lembrar o dia que os cristãos dedicam suas orações ao mártir da Igreja Católica, considerado o protetor da Eucaristia por ter morrido aos 12 anos em defesa da hóstia consagrada.
Padre Wiremberg Silva, diretor espiritual dos coroinhas e pároco de São José, paróquia localizada na avenida Visconde de Souza Franco, explicou que baseados na devoção a São Tarcísio, crianças, adolescentes e jovens católicos promovem a festividade ao santo para divulgar a fé à população e motivar outros a fazerem parte do grupo. As homenagens se iniciam sempre uma semana antes do dia dedicado ao santo (ontem) e culminam com a procissão, reunindo tanto os coroinhas - meninos e meninas que se dedicam ao discipulado e ao serviço da comunidade, em especial nas celebrações eucarísticas - como os familiares deles.
Segundo o padre, a Arquidiocese Metropolitana de Belém tem mais de 1.500 coroinhas, que têm como responsabilidade servir a Deus e à Igreja, mais particularmente atuar na consagração da liturgia, auxiliando o sacerdote na celebração da Santa Missa.
Seguno o padre Wiremberg Silva, um dos incentivadores da criação do Grupo de Coroinhas da Arquidiocese de Belém foi o ex-arcebispo, dom Orani Tempesta. O sacerdote passou o cargo após a missa de encerramento da procissão ao padre Plínio Pacheco, pároco da Transfiguração, do bairro do Curuçambá, em Ananindeua. Os outros membros da coordenação do grupo também foram substituídos: o coordenador Mário Ribeiro e o secretário Cássio Araújo. Cássio, hoje com 21 anos, foi um dos eleitos à primeira coordenação arquidiocesana, quando tinha 16 anos. Ele afirmou que a partir da organização dos coroinhas, o número de jovens assumindo esse papel cresceu na Região Metropolitana de Belém, entretanto não soube informar o quanto, porque o censo que está sendo realizado ainda não foi concluído.
Ele adianta que não há limite de idade para ser um coroinha, porque depende da necessidade das comunidades religiosas. "Tem pároco que convida meninos e meninas a partir dos 8 anos a fazerem parte do grupo", informou. Ele disse que o grupo pode ser também um celeiro de novos sacerdotes e religiosas, tanto que na Carta ao Clero de 2004, do então papa João Paulo II, consta que o "grupo dos coroinhas são o celeiro de vocações sacerdotais, religiosas e matrimoniais".
É crescente o número de mulheres no grupo
"Deus chama a todos para o serviço", assim explicou o bispo auxiliar, dom Teodoro, o número crescente de mulheres como coroinhas. Para ele, o evento religioso também é um momento de lembrar do Mistério Pascal de Cristo, assim como de seus mártires, pois "os mártires são exemplos de vida , de testemunho e fé. São Tarcísio é o exemplo dos coroinhas, para homens e mulheres".
O coordenador do grupo dos coroinhas disse que as meninas têm uma presença marcante nas comunidades arquidiocesanas, tanto que a maioria dos integrantes dos grupos paroquiais é formada atualmente pela figura feminina. "São muito dedicadas e responsáveis", frisou ele.
Por causa dessa presença marcante, em sua Carta ao Clero de 2004 o então Papa João Paulo II orientou os sacerdotes que em caso de necessidade mobilizasse jovens mulheres a fazer parte do grupo de coroinhas.
As primas Camila e Lília Gaziele Marques, ambas com 11 anos, e a amiga delas, Gabriele Karenina Brito da Silva, de 11 anos, fazem parte da comunidade Padre Afonso, vinculada à Paróquia de Nazaré. Uma incentivou a outra a participar, porque para elas, segundo Camila, "é melhor estar aqui com Jesus do que ficar na rua".
Fonte: Amazônia Hoje
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