sábado, 2 de fevereiro de 2013

Festa da Apresentação do Senhor


"Deus eterno e todo-poderoso, ouvi as nossas súplicas. Assim como o vosso Filho único, revestido da nossa humanidade, foi hoje apresentado no templo, fazei que nos apresentemos diante de vós com os corações purificados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo." Oração da Coleta

A data de hoje lembra o cumprimento, por Maria e José, de um preceito hebraico. Quarenta dias após dar à luz, a mãe deveria passar por um ritual de "purificação" e apresentar o filho ao Senhor, no templo. Desde o século quatro essa festa era chamada de "Purificação de Maria". 

Com a reforma litúrgica de 1960, passou-se a valorizar o sentido da "apresentação", oferta de Jesus ao Pai, para que seu destino se cumprisse, marcando em conseqüência a aceitação por parte de Maria do que o Pai preparara para o fruto de sua gestação. A data passou a ser lembrada então como a da "Apresentação do Senhor". 

No templo, a família foi recebida pelo profeta Simeão e pela profetiza Ana, num encontro descrito por São Lucas no seu evangelho, da seguinte maneira: 

"Assim que se completaram os dias da purificação conforme a Lei de Moisés, levaram o Menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor, segundo está escrito na Lei do Senhor, que "todo varão primogênito será consagrado ao Senhor" e para oferecerem em sacrifício, segundo o que está prescrito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos. 

Havia em Jerusalém um homem justo chamado Simeão, muito piedoso, que esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. Pelo Espírito Santo foi-lhe revelado que não veria a morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, veio ele ao templo e, ao entrarem os pais com o Menino Jesus, também ele tomou-o em seus braços, bendizendo a Deus, e disse: "Agora, Senhor, já podes deixar teu servo morrer em paz segundo a tua palavra, porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste ante a face de todos os povos, luz para iluminação das gentes e para a glória do teu povo, Israel". José e Maria estavam maravilhados com as coisas que se diziam de Jesus. Simeão os abençoou e disse a Maria, sua Mãe: "Este Menino será um sinal de contradição, para ruína e salvação de muitos em Israel; e uma espada atravessará a tua alma para que se descubram os pensamentos de muitos corações". (Lc 2,22-35). 

Ambos, Simeão e Ana, reconheceram em Jesus o esperado Messias e profetizaram o sofrimento e a glória que viriam para Ele e a família. É na tradição dessa profecia que se baseia também a outra festa comemorada nesta data, a de Nossa Senhora da Candelária, ou da Luz, ou ainda dos Navegantes.

Rubricas do Cerimonial dos Bispos para a Santa Missa de hoje:


FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR 

241. Neste dia, os fiéis acorrem ao encontro do Senhor, levando luzes e aclamando com Simeão Aquele que este recolheu como Cristo, “a luz que se vem revelar às nações”. Exortem-se, portanto, os fiéis a proceder em toda a sua vida como filhos da luz, pois a todos devem levar a luz de Cristo, feitos eles próprios, em suas obras, lâmpadas ardentes. 

PRIMEIRA FORMA: PROCISSÃO 

242. À hora conveniente, promove-se a concentração numa igreja menor ou noutro lugar adequado fora da igreja para a qual se dirige a procissão. Os fiéis têm nas mãos velas apagadas. 

243. No lugar mais adequado, o Bispo reveste os paramentos de cor branca requeridos para a Missa. Em vez da casula pode revestir o pluvial, que tirará, finda a procissão. De mitra e báculo, com os ministros e, se for o caso, com os concelebrantes paramentados para a Missa, dirige-se para o lugar da bênção das velas. 

Enquanto se acendem as velas, canta-se a antífona: Eis que virá o Senhor, ou outro canto apropriado. 

244. Chegando o Bispo ao local da bênção das velas e terminado o canto, depõe a mitra e o báculo e diz, voltado para o povo: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Depois, saúda o povo: A paz esteja convosco, e profere a monição introdutória. Se for conveniente, pode confiar ao diácono ou a um dos concelebrantes esta monição. 

245. Após a monição, benze as velas, pronunciando a oração, de mãos estendidas, enquanto o ministro sustenta o livro, e asperge as velas com água benta, sem dizer nada. Recebe novamente a mitra, e impõe e benze o incenso para a procissão. Por fim, recebe do diácono a vela acesa, que leva na procissão. 

246. Quando o diácono diz: Vamos em paz, ao encontro do Senhor, inicia-se a procissão em direção àigreja, onde vai ser celebrada a Missa. À frente, o turiferário com o turíbulo fumegante, depois o acólito com a cruz, entre dois acólitos com os castiçais de velas acesas. Segue-se o clero, o diácono com o livro dos Evangelhos, outros diáconos se os houver, os concelebrantes, o ministro com o báculo do Bispo e, atrás deste, o Bispo, de mitra, com a vela na mão; um pouco atrás do Bispo, os dois diáconos assistentes; depois, os ministros do livro e da mitra, e por fim os fiéis. Todos, quer os ministros, quer os fiéis, com velas nas mãos. Durante a procissão, canta-se a antífona Luz para iluminar as nações, com o cântico Nunc dimittis, ou outro canto adequado. 

247. Ao entrar a procissão na igreja, executa-se o canto de entrada da Missa. Chegando ao altar, o Bispo faz-lhe a devida reverência e, se for oportuno, incensa-o. Depois, dirige-se para a cátedra onde depõe o pluvial. se o tiver levado na procissão, reveste a casula e, cantando o hino Glória a Deus nas alturas, diz a coleta, como de costume. E continua a Missa na forma habitual. 

Também se pode fazer de outra maneira, se se julgar preferível: 

O Bispo, chegando ao altar, entrega a vela ao diácono, depõe a mitra e o pluvial, se o tiver usado na procissão, reveste a casula, reverencia o altar e incensa-o. Depois, dirige-se para a cátedra. Aí, omitidos os ritos iniciais da Missa e cantado o hino Glória a Deus nas alturas, recita a coleta, como de costume. Depois, a Missa continua na forma habitual. 

SEGUNDA FORMA: ENTRADA SOLENE 

248. Se não se puder fazer a procissão, os fiéis reúnem-se na igreja, com as velas na mãos. O Bispo, revestido das vestes sagradas de cor branca, com os ministros e, se os houver, com os concelebrantes paramentados para a Missa, e com uma delegação de fiéis, dirige-se para um lugar conveniente, diante da porta da igreja ou dentro desta, de onde pelo menos a maior parte dos fiéis possa participar convenientemente do rito. 

Quando o Bispo chegar ao lugar escolhido para a bênção das velas, acendem-se estas, enquanto se canta a antífona: Eis que virá o Senhor, ou outro canto adequado. 

Depois cumpre-se tudo como acima ficou dito nos nn. 244-247.

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