quinta-feira, 14 de abril de 2011

Da Paschalis Sollemnitatis - Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor

Extraímos alguns trechos da Carta Circular Paschalis Sollemnitatis, de 1988, da Congregação para o Culto Divino, documento este que trata da Preparação das Celebrações Pascais, e tiramos os seguintes trechos referente ao Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor que se aproxima:

A Semana Santa

27. Na Semana Santa a Igreja celebra os mistérios da salvação, levados a cumprimento por Cristo nos últimos dias da sua vida, a começar pelo seu ingresso messiânico em Jerusalém. O tempo quaresmal continua até à Quinta-feira Santa. A partir da missa vespertina “in Cena Domini” inicia-se o tríduo pascal, que abrange a Sexta-feira Santa “da paixão do Senhor” e o Sábado Santo, e tem o seu centro na vigília pascal, concluindo-se com as vésperas do domingo da ressurreição. “Os dias feriais da Semana Santa, de segunda-feira a quinta-feria inclusive, têm a precedência sobre todas as outras celebrações”.[31] É oportuno que nestes dias não se celebre nem o Batismo nem a Confirmação.

Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor

28. A Semana Santa tem início no Domingo de Ramos da paixão do Senhor, que une num todo o triunfo real de Cristo e o anúncio da paixão. Na celebração e na catequese deste dia sejam postos em evidência estes dois aspectos do mistério pascal.[32]
29, Desde a antigüidade se comemora a entrada do Senhor em Jerusalém com a procissão solene, com a qual os cristãos celebram este evento, imitando as aclamações e os gestos das crianças hebréias, que foram ao encontro do Senhor com o canto do Hosana.[33]
A procissão seja uma só e feita sempre antes da missa com maior concurso de povo, também nas horas vespertinas, tanto do sábado como do domingo. Para realizá-la os fiéis reúnem-se numa igreja menor ou noutro lugar adaptado, fora da igreja para a qual a procissão se dirige. Os fiéis participam nesta procissão levando ramos de oliveira ou de outras árvores.
O sacerdote e os ministros precedem o povo, levando também eles os ramos.[34]
A bênção das palmeiras ou dos ramos é feita para os levar em procissão.
Conservados em casa, os ramos recordam aos fiéis a vitória de Cristo celebrada com a mesma procissão.
Os pastores esforcem-se por que esta procissão, em honra de Cristo Rei, seja preparada e celebrada de modo frutuoso para a vida espiritual dos fiéis.
30. O Missal Romano, para celebrar a comemoração da entrada do Senhor em Jerusalém, além da procissão solene supramencionada, apresenta outras duas formas, não para conceder comodidade e facilidade, mas tendo em consideração dificuldades que possam impedir a procissão.
A segunda forma de comemoração é a entrada solene, quando não se pode fazer a procissão fora da igreja. A terceira forma é a entrada simples, que se faz em todas as missas do domingo, no qual se realiza a entrada solene.[35]
31. Quando não se pode celebrar a missa, convém realizar uma celebração da Palavra de Deus para a entrada messiânica e a paixão do Senhor, nas horas vespertinas do sábado ou na hora mais oportuna do domingo.[36]
32. Na procissão são executados pela schola e pelo povo os cânticos propostos pelo Missal Romano, com os Salmos 23 e 46, e outros cânticos apropriados em honra de Cristo Rei.
33. A história da Paixão reveste particular solenidade. É aconselhável que seja cantada ou lida segundo o modo tradicional, isto é, por três pessoas que representam a parte de Cristo, do cronista e do povo.
A Passio é cantada ou lida pelos diáconos ou sacerdotes ou, na falta deles, pelos leitores; neste caso, a parte de Cristo deve ser reservada ao sacerdote. A proclamação da paixão é feita sem os portadores de castiçais, sem incenso, sem a saudação ao povo e sem o toque no livro; só os diáconos pedem a bênção do sacerdote, como noutras vezes antes do Evangelho.[37]
Para o bem espiritual dos fiéis, é oportuno que a história da Paixão seja lida integralmente sem omitir as leituras que a precedem.
34. Concluída a história da paixão, não se omita a homilia.
______________________
Notas:
[31] “Normas gerais para o ordenamento do ano litúrgico e do calendário”, n. 16a.
[32] Cf. Caeremoniale Episcoporum, n. 263.
[33] Cf. Missal Romano, Domingo de Ramos e da paixão do Senhor, n. 9.
[34] Cf. Caeremoniale Episcoporum, n. 270.
[35] Cf. Missal Romano, Domingo de Ramos e da paixão do Senhor, n. 16.
[36] Cf. ibid., n. 19.
[37] Cf. Ibid., n. 22. Pro Missa quam episcopus praesidet, cf. Caeremoniale Episcoporum, n. 74.

Fonte: Presbíteros

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