sexta-feira, 15 de abril de 2011

Nota de Falecimento

"Nele brilhou para nós a esperança da feliz ressurreição. E, aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola. Senhor, para os que crêem em vós, a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível." (Prefácio dos Mortos I)

Com pesar, mas com firme confiança no Senhor, comunicamos a morte do Revm. Cônego Ápio Paes Campos ocorrida na madrugada do dia de hoje. Este nasceu em Belém no ano 1927. Filho de Luciano (Evarinta) Campos Costa, ele enfermeiro da Saúde Pública, e ela professora com uma escola primária (N. S. do Amparo) funcionando em casa, onde o cônego aprendeu a ler e iniciou seus estudos.

Fez o curso ginasial no Instituto N. Sa. de Nazaré (Marista), transferindo-se (para fazer o curso eclesiástico) para o Seminário Metropolitano N. S. da Conceição. Concluiu Teologia em 1949, mas só recebeu a ordenação sacerdotal no ano seguinte, após completar os 23 anos, idade mínima exigida pelo Direito Canônico, e isso mesmo através de dispensa concedida.

Após concluir o curso teológico, no ano anterior, já era diácono, foi mandado para Salinópolis, para estagiar ao lado do padre Florêncio Dubois, professor do seminário e que o apresentara ao professor, Paulo Maranhão diretor da “Folha do Norte”, seu grande amigo, este iniciará o autor nas lides do jornalismo.

Foi o arcebispo Dom Jayme de Barros Câmara quem o revestiu da batina eclesiástica, em 1941. Sua ordenação sacerdotal foi, no dia 9 de abril de 1950, Ano Santo, no dia da Páscoa, e a partir daí teve início a sua longa trajetória pelas capelanias de Belém, tendo sido vigário (como se dizia então) apenas em duas paróquias – Sta. Teresinha do Jurunas e Benevides. Foi ordenado sacerdote por Dom Mário de Miranda Vilas-Boas, que também lhe conferiu o canonicato.

Ingressando, desde logo, no magistério secundário, e depois no superior, lecionou, em âmbito estadual, no IEP e no “Paes de Carvalho”, também na UFPA e na Unama. Lecionou por muito tempo, no Seminário S. Pio X diferentes disciplinas eclesiásticas.

Na UFPa transitou em várias funções na área administrativa, tendo sido diretor do Centro de Letras e Artes, pró-reitor de planejamento e depois de pesquisa, assessor do reitor. Na Unama foi coordenador do curso de Teologia.

Até hoje publicou os seguintes livros:

Marítimas (poemas), Falangola, 1955, Aquele padre velhinho (ficção), Imprensa Oficial do Estado, 1956, Cítaras em surdina (poemas), Editora São José, 1957: Menção Honrosa da Academia Paraense de Letras, Rosa super rivos (poemas em latim), Editora São José. 1958: Prêmio Santa Helena Magno, do governo do Estado, Olhos dentro da noite (contos), Falangola, 1959: Prêmio Terêncío Porto, da Academia Paraense de Letras, Canto agônico (poemas), Falangola, 1960, Catecismo eleitoral cristão (doutrina social católica), Falangola, 1960, Hora do ângelus (crônicas radiofônicas transmitidas pela Rádio Clube do Pará), Falangola, 1962, A Batina no banco dos réus (ensaio), Imprensa Universitária, 1963, Pastoral das Sombras (poemas), Imprensa Universitária, 1965, Fandango (contos), Falangola, 1967, Problemas de educação e desenvolvimento na Amazônia (ensaios) Imprensa Universitária, 1968, Renascer pela água e pelo espírito (exposição sobre o batismo), Falangola, 1970, Crise ou falência da educação cristã? (ensaio), Idesp, 1971, O Verbo e o texto (estudos lingüísticos e literários), Falangola, 1979, Transpoema (poemas), Imprensa Universitária, 1979, Universidade: Linguagem e desenvolvimento (ensaios), Imprensa Universitária, 1980, Árvore do Tempo (poemas), Falangola, 1980, Universidade: Pesquisa e pós-graduação (ensaio), Falangola, 1981, Trevos e travos (trovas), Falangola, 1982.

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